quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Paralelo 8 Brut 2009

Caros leitores, aproveitei bem essa onda de calor que tivemos a alguns dias atrás, e agora tenho que correr para aproveitar esse último friozinho do ano que anda fazendo esses dias para degustar meus tintos.

Esse espumante eu já ouvi falar muito, tanto que devido a algumas experiências não tão boas com vinhos de entrada do Vale do São Francisco, apesar de ter boa lembrança de um estupendo que tomei com meu pai a muitos anos.

Esse espumante é produzido pela Vinibrasil, empresa a qual não deve ligar muito para a força atual da internet, pois a muito tempo tento conseguir alguma informação no site deles e o mesmo nunca abre corretamente.

Curiosamente esse exemplar de espumante brasileiro é bastante reconhecido no mercado e possue toda uma autenticidade por ser produzido com a casta Syrah, bem diferente e atípico dos que tendem a seguir os francêses e utilizam a Chardonnay e Pinot Noir como base.

Esse exemplar comprei na Expand em promoção, mas geralmente não passa de R$ 30,00, excelente custo x benefício e não vejo a hora de abrir o Rosé.

Vamos ao espumante!

Na taça (OK, é o modelo errado, estava sem a correta no momento!) sua coloração é amarelo palha bem claro, aromas bastante destacados evidênciando muito bem os frutos amarelos como abacaxi, melão e maçã verde, esse é um espumante legal para perceber bem os aromas pois são bem fortes, perlage fina em média quantidade, porém constante.

Na boca bastante fruta e bem refrescante sem ser enjoativo, persistência mediana.

Realmente bem diferente do que encontramos no sul do Brasil, tinha que ser pois é casta, clima, solo, conceito e por demais diferenças.

Saúde!

Miolo Cuvée Tradition Brut 2009

Esse fato já é indiscutível, no Brasil podemos ter o prazer de adquirir bons espumantes nos mercados a preços justos bastando somente ler um pouquinho ou apenas perguntar para quem conhece o que vale e o que não vale a pena.

Uma lição muito importante é que vale a pena obter um pouco de informação, pois os mercados importam muita coisa principalmente da Itália e de outros produtores mundo a fora de espumantes, produtos de qualidade muitas vezes inferior aos nossos nacionais e que para saber diferenciar o que se encaixa no seu gosto é necessário experimentar bastante. Caso esse não seja o seu perfil, vale a pena dar preferência ao nosso espumante que cada vez mais conquista o gosto mundial.

A Miolo dispensa apresentações, uma das vinícolas mais tradicionais do Brasil, possue um site bastante detalhado com a descrição completa de seus produtos.

Esse exemplar é o mais simples da linha, mas nem por isso o menos importante, é produzido com as castas e o mesmo processo do Champagne francês, Pinot Noir e Chardonnay em proporções iguais e método Chanpenoise no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. O preço médio é de R$ 20,00 a 30,00.
Vamos ao vinho, ou melhor ao espumante!

Na taça apresentou cor amarelo palha e aromas de abacaxi e pão tostado, perlage fina de constante mediana.

Na boca mostrou bastante frescor com ótima acidez e média persistência, porém com um leve amargor no final o que é facilmente encarado com um bom acompanhamento de fim de ano como frutas secas, panetone entre outros.

Saúde!

Santa Julia Chardonnay 2009

Calor com tudo, ou melhor, quase tudo, tempo de brancos e espumantes. Semana passada durante o pequeno período de calor que pairou sobre São Paulo, cheguei seco por um vinho. Escolhi esse que caiu redondo!

Como em quase todas as vinícolas do cone sul, está sendo adotada uma segunda marca para seus vinhos de entrada, não sei se a tentativa é de separar seus produtos, porém todas são muito mencionadas e se essa foi a tentativa não deu muito certo porque vinculou o peso da marca principal em cima da secundária o que é muito bom sendo que dessa forma eles não pecam na qualidade de ambas!

A linha Santa Julia pertence à Vinícola da Familia Zuccardi, o que é mencionado no seu contra rótulo e dispensa comentários no quesito qualidade. Essa micro garrafa - 187 ml eu ganhei da Ravin na compra que fiz na Wine Weekend, e foi seu conteúdo foi mais que necessário para avaliar esse bom exemplar da casta Chardonnay.

Vamos ao vinho!

Em taça mostrou seu amarelo palha brilhante e já se denota a untuosidade do vinho e a complexidade de seus odores que misturam frutos amarelos com bastante harmonia e distinção indo do abacaxi ao pêssego.

Na boca um ótimo equilíbrio entre álcool e acidez o que faz um vinho pra lá de refrescante quando bem gelado.

Esse sim deixou um gostinho de quero mais e em breve quero tem uma garrafa em minha adega, mas dessa vez de 750!

Saúde!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Winemakers Lot Viognier 2007

Agora sim, fechando o ciclo da linha Winemaker´s, agora com a casta francesa Viognier, famosa ao norte do Vale do Rhône na região sul-sudeste da frança e que por sinal se deu muito bem no Valle Casablanca, aliás o terroir de Casablanca se mostra incrível quando o assunto é vinificação de vinhos brancos.

Vamos ao vinho!

Na taça novamente a surpresa, um vinho com muito brilho para sua idade, será o segredo a Screw Cap?

Amarelo palha e reflexos dourados mostram a tendência e hegemonia dessa linha e ao girar a taça já se percebe a untuosidade do vinho.

Os aromas são ricos em frutos amarelos como o pêssego e damasco.

Na boca o clássico da acidez elevada para quebrar o adocicado e dar frescor ao vinho, bastante equilíbrio e perfeito pra beber gelado.

Perfeito para acompanhar o peixe desse último domingo, mas não exagere no tempero senão a comida passa por cima do vinho que por sinal é mais suave e delicado que os outros da mesma linha.

Essa linha de vinhos é excelente, mas quando em promoção na Expand que os vende hora ou outra pela metade do preço ficando pouco mais de R$ 30,00, comprei dois de cada, mas hoje não hesitaria em levar 3 ou 4 deixando eles bem armazenados e prontos para as diversas ocasiões que se encaixam.

Saúde!

Rio Bio Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2008

Esse vinho foi engraçado, quando fui à Expand em busca dos Winemaker´s Lot da CyT, comprei o Carménère e o Cabernet Sauvignon da linha Rio Bio da Bodegas Córpora, vinícola que ainda não entendi direito pois tem jeito de cooperativa e não se acha muita informação na internet, e jurava que o Cab. Sauvignon éra do Maipo, mas quando fui ver o Carmenérère é do Maipo, o que lhe dá características muito interessantes e o Cab. Sauvignon é do Valle Cachapoal, um terroir novo na minha experiência.

O Valle Cachapoal fica ao sul do Maipo e ao norte do Colchagua, mas apresenta um terroir muito distinto nos seus vinhos.

Vamos ao vinho!

Na taça um vermelho rubi bem vivaz, mostrando a juventude do vinho, aromas bem fortes de frutos vermelhos porém não muito complexos. Apresentou potência de aromas, mas sem nuances e após um tempo de taça mostra bem a madeira.

Na boca não agradou muito, o vinho mostra fruta, mas achei ele muito carregado na madeira com taninos agressivos o que fez passar por cima dos detalhes do vinho, isso é fruto dos 24 meses em barrica o que o torna um vinho agressivo quando jovem e que o abri na hora errada, devia ter aguardado mais um ou dois anos para encontrá-lo mais amaciado.

Quem sabe em outra oportunidade não nos damos melhor?

Saúde!

Nederburg Reserve Pinotage 2007

Outro vinho mais do que comentado pelos blogueiros de plantão e que por sinal vale muito a pena experimentar pois é fácil de achar, acessível e tem características que agradam a maioria.

Já faz uns bons dia que o tomei, porém é um vinho marcante, fácil de memorizar.

A casta Pinotage, foi criada a partir de duas castas francesas, a Cinsault e a conhecida Pinot Noir a quase 90 anos, originando o que hoje é a casta símbolo da África do Sul.

A Nederburg, uma das maiores produtoras de vinhos sul africanos, produz esse exemplar que é de sua linha de entrada na região de Paarl - Western Cape (Cabo Ocidental), ficando de 10 a 14 dias fermentando em tanques de aço inoxidável e descansou de 8 a 12 meses em barris de carvalho.

Vamos ao vinho!

Em taça mostrou um rubi com reflexos violáceos, o olfato se sente de longe e logo ao abrir a garrafa, parece um perfume e me passou bastante a impressão de floral. A madeira aparece primeiro e em seguida  frutos vermelhos e escuros como ameixa e somado a especiarias como o cravo, acho que devem usar barris de primeiríssima linha.

Na boca o álcool sobrava no começo, mas logo amaciou mostrando as características do vinho, acidez equilibrada e taninos destacados e macios daqueles que pedem outro gole, mas senti um pouco enjoativo ao chegar no final da taça.

Um excelente vinho, acho que nem preciso citar o custo x benefício, e que me gerou uma grande curiosidade em conhecer num futuro próximo um Pinotage de qualidade superior.

Saúde!
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