segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Flor de Crasto 2008

Domingão, dia de arrumar a casa. Como eu passei esses últimos dias com vinhos e espumantes muito bons, não queria encerrar o mês com um vinho de dia a dia.

Portanto, escolhi um vinho de uma região que gosto muito e que estava ansioso por experimentar de tão bem comentado, e não deu outra, um vinho excepcional e de custo x benefício excelente.

Produzido pela Quinta do Crasto SA esse é o vinho de entrada, criado para exportar e mostrar o mundo a qualidade dos produtos dessa vinícola. Bom, nem preciso falar muito pois esse vinho se encontra na maioria dos blogs de nossos amigos enoblogers com muito boas referências.

Vamos ao vinho!

É um corte tradicional da região do Douro, uvas Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional, um violeta profundo.
No nariz frutos vermelhos e escuros e um pouco de álcool sobressaindo, se tivesse passado por madeira poderia ser confundido com um chileno ou argentino, pois aparente bastante potência. Deixei descansar por quase uma hora em taça.

Na boca uma surpresa, potente, taninos domados, médio corpo, muito agradável, frutos vermelhos, tons florais e persistência superior a média!

Esse com certeza irei providenciar o quanto antes a reposição em minha adega.

Saúde!

Casillero del Diablo Sauvignon Blanc 2007

Meus amigos... esse foi o vinho do mês!
Uma pena não ser mais encontrado facilmente, acredito que deva estar totalmente esgotado!
Por volta do começo do ano passado, ele foi comentado pela CBE, safra 2009, safra esta que já experimentei e a qual tive opnião correlata a de meus amigos enoblogers... muito bom, mas não impressiona!

Mas fiquem tranquilos, essa linha de vinhos é muito famosa pela constante de qualidade que consegue manter em qualquer safra, mesmo que não seja a melhor, será um bom vinho.

Mas conforme o cometário de meu amigo Cristiano Orlandi do Vivendo Vinhos a safra 2007 está de melhor qualidade mesmo! Entusiasmou em voo solo na última sexta e acompanhou muito bem o camarão frito do sábado!

Vamos ao vinho!

Amarelo palha com reflexos esverdeados muito sutís, quase imperceptíveis, já na taça percebe-se de longe o frescor de frutas cítricas e ao ganhar um pouco de temperatura o maracujá se sobrepõe, permanecendo aé o fim no fundo de taça.
Na boca um frescor e quase uma doçura, maracujá muito presente um pouco de limão siciliano, alguma mineralidade e herbáceos.Bastante equilibrado na acidez e no álcool.

Esse eu tomei lambendo até a última gota, ainda bem que tenho mais um em minha adega, que está reservado para um momento muito especial!

Saúde!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Porta da Ravessa Rosé 2007

O calor não está dando trégua, por isso mesmo estava a uma semana enrolando para adquirir algum vinho rosé! Isso mesmo, não preciso nem dizer muito, brancos, espumantes e os rosés estão com tudo nesse verão e que calorão.

Nesse fim de semana não tive a oportunidade de degustar nenhum vinho, estava com a boca seca, não deu outra, passei no mercado, queria um espumante, mas pelo valor... deixa mais para o fim do mês.

Queria um vinho rápido e fácil de beber e que minha esposa gostasse também... vamos de rosé!

Esse exemplar do Alentejo (ACR) é um corte não declarado de porcentagens das uvas Castelão e Aragonês, importado pela barrinhas, responsável por trazer outros grandes vinhos portugueses como os da Real Cia. Velha e de outros produtores da Europa, então pelo jeitão dele e valor, achei que deveria valer a pena.

Pois bem... vamos ao vinho.

Deixei no gelo, o produtor indica 8.oC de temperatura de serviço e minha esposa já reservou um bolo de brigadeiro delicioso para acompanhar.

Na taça um rosáceo com tons atijolados, principalmente no halo, cor aparentemente desenvolvida pela idade, fiquei com receio, mas bora!
Os odores foram marcantes já ao se abrir a garrafa, colocando em taça mostrou-se bem apesar da baixa temperatura, groselha como o produtor diz, mas percebi algo um pouco mais ácido. Não resisti, ele não mostrou muitas nuances, vamos ao gustativo. Ainda jovem, bastante acidez, taninos quase imperceptíveis e álcool equilibrado, porém cadê a persistência? Com o bolo de chocolate o vinho sumia. Achei um pouco aguado e sem corpo, mas é de um custo benefício interessante pois se torna uma ótima opção para dia a dia e noites quentes.

Fiquei curioso e deixei em taça para evoluir para a temperatura ambiente e somente comprovei que se deve obedecer as intruções do produtor, Beba GELADO, pois a acidez ficou muito alta lembrando framboesas e o alcool se pronunciou e sobressaiu totalmente ao restante do vinho.

Vinho interessante, vale o quanto custa, refrescante se estiver na temperatura certa, mas eu não usaria novamente para acompanhar doces ou outras comidinhas, esse é para voo solo!

Saúde!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Chandon Brut Rosé

Sábado em casa, meio da tarde, descansando da semana pesada, pensando eu e minha esposa o que vamos jantar... olhando na dispensa... Xííí... acabou o feijão! Bora para o mercado.

Já fazia algumas semanas que eu vinha namorando as garrafas da Chandon, local para onde meus olhos desviam imediatamente após namorar as garrafas da Veuve Clicquot e verificar seus preços. Após todos esse burburinho sobre o espumante nacional, estouro de vendas e por aí afora, acho que agora que os preços voltaram a ser justos, resolvi comprar uma garrafa. Tive que comprar duas taças também, me mudei a menos de um ano e não as tinha.

Aliás, sempre é bom comemorar com a pessoa amada, não precisa de data especial, o mais importante já temos: a pessoa amada!

Esse Chandon Rosé, é um corte de uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico, produzido pelo método Charmat e classificação Brut.

Vamos ao vinho! Ou melhor ao Espumante!

Na taça, um rosa claro muito chamativo, porém muito pouca espuma (perlage), acho que não estou mais acostumado aos nacionais, faz tempo que não os degusto.

No olfato, morangos e pão molhado, distingue-se muito bem no olfato a presença da uva Chardonnay.
Na boca ele se demontra muito bem, cremosidade satisfatória, boa persistência, morangos e cerejas conforme descritos na garrafa, e notas adocicadas (será que é brut mesmo?), acidez na medida, eu e minha esposa tomamos quase a garrafa toda e não enjoamos nem um pouco.

Espumante muito justo no quesito custo x benefício, não devendo em nada aos importados.

Esse me deixou com vontade de experimentar os outros da linha, quem sabe em breve!

Saúde!

Trapiche Origen Malbec 2010

Neste sábado fui a casa de meu pai, ajudar com uns serviços caseiros, e como boa recompensa sempre como e bebo muito bem!

Já pesquisei e percebi que esse vinho não se encontra facilmente aqui no Brasil, sorte que na última visita a BsAs ano passado ele trouxe uma caixa.

Vamos ao vinho!

Na taça um vermelho violáceo quase roxo, boas lágrimas, no olfato de longe se sente o álcool pois se trata de um vinho muito jovem, não tem nem um ano em garrafa ainda. Não senti a madeira no olfato, deve ser por causa do álcool sendo que mesmo estagia seis meses em carvalho francês. Após uma hora em taça areando, senti a presença de ameixa e cassis.

Na boca se apresentou potente, mesmo após uma hora de aeração, mas apresentou-se equilibrado, confirmando cassis e especiarias bem de leve e baunilha.

O destaque desse vinho fica pelo terroir diferenciado, Valle de Uco , o que denota nuances bem diferentes dos Malbecs mais conhecidos da região de Mendoza.

A minha garrafa que ganhei na troca de um Espanhol Crianza vai ficar guardada por mais um ano, acho que vai amaciar mais os taninos, mas acredito que não tenha tanto potencial de evolução, vinho feito pra se beber bem jovem.

Saúde!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Luis Felipe Edwards Reserva Shiraz 2008

Ontem a noite chegamos em casa com a corda toda! Fazer uma boa janta, tomar um bom vinho!

Não deu outra, fizemos um penne ao molho de cogumelos que ficou divino! Comi até exageradamente, algo que ando evitando, mas ontem foi difícil.

Bom, como sou chato, mas não muito, sempre deixo pra abrir vinhos especiais em datas especiais, então lá fui eu pegar um dos meus vinhos de dia a dia, e não tive dúvida, saquei um Shiraz.
A harmonização foi interessante, mas o vinho não conseguiu acompanhar o nosso molho que estava alguns passos a frente dele.

Como já havia dito no LFE Gran Reserva Merlot, repito novamente, vinho ralo e aguado, sem corpo e muito menos complexidade, acredito eu que dessa vinícola o vinho de entrada que compensa investimento é o LFE Reserva Carménère o qual já comentei aqui também.
Vamos ao vinho!

Em taça coloração vermelho violáceo, brilhante, no olfato, fruto escuros, baunilha e muito pouco álcool, na boca, tostados, muita fruta e uma pitada bem de leve de especiarias, taninos suaves não puxando para próximo gole.

Como dito antes, acompanhou bem, mas não empolgou, mas também não frustou. Sinceramente não acho que vale os quase trinta reais e também não tem cara de ser um Reservado como o nome diz.

Saúde!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Casillero del Diablo Shiraz Rosé 2007

Estava longe por um tempo e confesso, esse calor tira toda a vontade ou empolgação de tomar vinho.
Outrora estava no Rio, fiz um bate e volta de carona, o máximo que fiz foi dar uma olhada em um Beer Bar, modesto mas com cervejas do mundo inteiro e bastante interessante por sinal, e depois passei em um mercado e como sempre fui dar uma olhada nos rótulos, não são muito diferentes dos daqui, tem alguns até interessantes, mas eu estava derretendo de calor!

Há pouco, li diversos posts dos blogers da Confraria Brasileira de Enoblogs, acabei me empolgando e resolvi abrir essa garrafa que a tempos estava no fundo da minha adega, sei que deveria me empolgar, verão e calor são sinônimos de brancos, roses e espumantes, mas sinceramente estava difícil.

Vamos ao vinho!

Deixei na geladeira por aproximadamente uma hora, estranhei abrir a tampa screw cap, pois a muito não o fazia. Em taça sua coloração já denuncia, um vermelho expressivo porém sem muito brilho e reflexos bem atijolados, aparentemente o vinho já está em declínio, sua safra é 2007 e sua estimativa de guarda são de 4 anos, já quase totalizados por estarmos em 2011, portanto já adiantando, "Não compre dessa safra se for guardar!", beba imediatamente.

No nariz, álcool quase não se nota, são 13,5% mas aparenta menos, frutos vermelhos em compota bem doces e acentuados, um pouquinho de floral, estranhei um odor diferenciado o qual não soube identificar muito bem, mas que se esvai com tempo e a evolução do vinho em taça a medida que a temperatura se eleva.

Em boca um vinho equilibrado quase nada de álcool, um vinho encorpado para um Rosé devido a casta Shiraz imagino, acidez muito bem equilibrada com a doçura do vinho o tornando nada enjoativo e um leve amargor no final o qual não gostaria ter sentido, aliás um aspecto negativo, pois na segunda taça esse amargor se acentuou.


Esse vinho é do Valle Central, mas acredito que vale muito mais apostar em um dos vinhos comentados pelos nossos colegas da #cbe, principalmente se for um rótulo do Valle do Colchagua o qual o terroir me agrada mais.

Resumindo, é um bom vinho, mas se apresenta em aparente declínio na minha opinião, se o ver em promoção, compre e não demore a beber, senão a surpresa pode ser desagradável.

Saúde!

Raphael Baruki.
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