sexta-feira, 27 de maio de 2011

Select Pampas del Sur Cabernet / Merlot 2008

Nem tudo no mundo são flores. Fiquei pensando se escreveria esse post ou não, se valeria a pena ocupar espaço, porém acredito que a maioria dos leitores são pessoas em busca de conhecimento e o que proponho aqui é expor minhas impressões que lógicamente pode não ser uma maioria e até mesmo estar incluso em uma minoria, mas sem a minha individualidade eu não teria minha personalidade e sem isso nada contribuiria o que escrevo aqui nesse blog.

Então vamos lá, espero com esse post contribuir com quem está iniciando nesse mundo simples e complexo!

Eu tinha adquirido algumas garrafas desse vinho para tomá-lo de dia a dia, mas seguindo aquele conceito de beber pouco e beber bem faz com que esse vinho fuja do propósito, pois é fraco e foi criado para produção em abundância e nenhuma qualidade, adoro os vinhos da Concha y Toro, mas eles que me perdoem.

Para se ter uma idéia acho que até os mais preconceituosos escolheriam o nosso tão rejeitado Almadén que ultimamente foi resgatado por alguns afoitos ou não por novidades que realizou experiências assim que souberam da venda dos produtores a outro grupo. Mas como vovó já dizia, é preciso experimentar, pois somente assim pra saber do que gosta!

Enfim, vamos ao vinho.

Na taça um rubi escuro com pouco brilho, no olfato fruta vermelha e o álcool bastante pronunciado.
Na boca já se nota a falta de acidez, frutos passados, taninos quase nada, não tem os traços da cabernet e alguns da uva merlot, mas sem definição, como se a colheita tivesse sido feita fora de época para se deixar os melhores cachos amadurecer e vinificar outras linhas de vinhos superiores, deixando o vinho sem a característica da casta utilizada.

Acho que não preciso dizer mais, se quiser testar compre uma garrafa da linha que deve custar hoje em torno de R$ 15,00, mas eu não aconselho.

Saúde!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Errazuriz Late Harvest Sauvignon Blanc 2008

Nesse último final de semana uma grande surpresa, esse vinho de sobremesa que custa em torno de R$ 40,00 comprado na Vinci valeu cada centavo de investimento.

Fiquei em dúvida entre ele e um Sauternes, mas como os vinhos dessa vinícola são muito bem comentados, resolvi arriscar e deu certo, pois esse néctar esta par a par com os grandes vinhos franceses!

Os vinhos de sobremesa são mais caros, pois além de render menos, existe o risco do amadurecimento das uvas não vingar.

Vamos ao Vinho!

Ele é feito com uvas da região do Vale de Casablanca, um dos mais importantes do Chile, com um blend de 85% de Sauvignon Blanc, 10% Gewürztraminer e 5% Semillon.

Um dourado brilhante já enche os olhos, no olfato traz notas florais e frutos amarelos.
Na boca, damascos e mel na medida certa, redondo na acidez, cremosidade e na doçura com ótima persistência e sem ser nada enjoativo. Excelente em minha opinião, esse eu indico de olhos fechados.

Saúde!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Catena Malbec 2008

Como havia comentado, agora sim um vinho que se tem o que falar. Abri especialmente para a visita de meus pais e meu irmão à minha casa, e com a carne que minha mão levou, não tem erro, Malbec!

Comprei esse vinho especialmente para meu pai, para apresentar a ele, pois ele é fã inveterado de uma linha superior da ilustre bodega Catena Zapata, o Angelica Zapata. Quis mostrar justamente que pela metade do preço ou menos eles produzem um vinho de excelente qualidade.

A característica que eu acho mais interessante e relevante para se falar dos vinhos dessa bodega, é que eles são compostos de diversos terroirs em diferentes altitudes, como por exemplo Angélica (860 msnm), La Pirámide (940 msnm), Altamira (1.160msnm) e Adrianna (1.500 msnm), cada um gerando um grau de complexidade ao vinho.

Vamos ao vinho!

Em taça um violáceo escuro, bem encorpado e brilhoso, aromas de fruta escura e baunilha e e presença da madeira ao fundo.
Na boca mostra suas notas de ameixa e um pouco de tons florais, redondo na acidez e taninos, bom corpo e persistência e presença de madeira, um malbec que vale o quanto custa e representa bem o trabalho de se desenvolver um bom vinho.

Safras anteriores se mostraram um vinho um pouco diferente que eu me lembre, será que é aquela história do ano ímpar?

Saúde!

Wine inaugura a 1ª loja de vinhos do Facebook no mundo

A Wine inaugura esta semana a primeira loja de vinhos online do Facebook no mundo, dando início a uma nova fase de ações de e-commerce dirigidas especialmente para os usuários das redes sociais.
A loja de vinhos online da Wine no Facebook foi lançada para proporcionar uma nova experiência de compra e facilitar o processo de decisão dos usuários que frequentam esta rede social e compartilham de interesses comuns.

Histórico da Wine no Facebook – a Wine estreou no Facebook há menos de um ano. O objetivo foi entender o movimento das redes sociais e saber como poderia interagir de maneira efetiva com os usuários das redes.

A primeira providência foi postar uma série de conteúdos relevantes sobre vinhos como dicas de harmonização e sugestão de vinhos. Como resultado deste trabalho, a “fan page” da Wine no Facebook conquistou até abril de 2011, mais de 4.500 usuários que “curtem” a página.

Em pouco tempo, os usuários começaram a interagir e comprar vinhos na loja da Wine. Só que tinham de sair do Facebook e ir para outro endereço da Web (o www.wine.com.br).

A inauguração se dará em duas fases: nesta primeira fase de lançamento os usuários têm à disposição uma loja contendo um catálogo resumido, com cerca de 300 vinhos. Em uma segunda fase, o usuário poderá comprar os mais de 2.000 rótulos de vinhos.
Fonte: wine.com.br

terça-feira, 24 de maio de 2011

Adega do Vale Syrah 2006

Esse é um exemplar da famigerada região vitivinícola do Vale do São Francisco, produzido pela ViniBrasil.

Esse rótulo de baixíssimo custo, pouco mais de R$ 10,00, justificou o preço pois trata-se de um vinho bem simples, daqueles para se beber sem alguma causa. Abri na última sexta-feira a noite, pois já sabia que no dia seguinte abriria um bom vinho para tomar com meu pai e meu irmão acompanhado da comida da minha mãe!

Vamos ao vinho!

Em taça um vermelho rubi meio pálido, passado, aromas de fruta vermelha bem simples e a presença do álcool não incomoda.

Na boca mostrou um pouco de desequilibrio, mas nada além do esperado, parecia um pouco passado como o de fruta passada e os taninos passam longe. Engraçado que no dia seguinte ele aparentou melhorar um pouco.

Cuidado com o final da garrafa, pois ele tinha bastante depósito, o que sem querer levei a boca e me desagradou muito.

Indico para um teste, já tomei vinhos dessa região que eram muito superiores, mas se você não quer perder tempo com vinhos que não acrescentam, esqueça!

Saúde!

domingo, 15 de maio de 2011

Casa Valduga Arte Brut 2009

Estou explodindo em alegria!!! Como já havia dito, em breve teria fortes comemorações!

Nasceu meu filho, Dmytro, nenêm mais gostoso e lindo do papai e da mamãe, com saúde plena e a mais completa perfeição, graças ao Dr. Dirceu Faggion Jr. outro grande admirador de vinhos, o qual eu acompanhei o excelente trabalho realizado com maestria no centro cirúrgico do Pro Matre.

Pra comemorar, nada menos que o famigerado e acompanhante perfeito para comemorações, um espumante de excelente qualidade e o que é melhor ainda, um custo x benefício inimaginável. Esse exemplar eu adquiri no Empório Vignamazzi do Shopping Center Norte, um espetáculo de custo benefício pois a garrafa custa algo em torno de 25 a 30 reais. Dá para acreditar?

Eu sabia que iria me impressionar, mas não imaginava que seria tanto. Fabricado pelo método champenoise com as castas tradicionais Chardonnay e Pinot Noir, igualmente aos da região de Champagne na França.

Vamos ao vinho!

A garrafa é muito bem trabalhada, rótulo em relevo e até me assustei pois ao servir a taça ele faz uma espuma abundante, quase transbordando. Borbulhas finas e abundantes com uma coloração amarelo palha vivo e brilhante.

No olfato ele impressiona tanto quanto em taça, uma diversidade instigante passando por abacaxi e frutas cítricas.

Degustando vem muita fruta, cremoso e equilibrado com muita persistência e fermento no final.

Um desbunde, cumpriu perfeitamente a função pois todos meus familiares adoraram e fez o seu papel harmonizando perfeitamente com a festa e comemoração, esse entra na minha lista de super preferidos.

Saúde!

Te amamos filhão!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Quinta do Alqueve Tradicional 2007

Primeira leva dos vinhos que recebi do ClubeW, esse foi o mais simples, delicioso, imagina os outros, 2 worlds e Quinta do São João.

Aproveitei para abrir esse fim de semana que se tratava de uma data especial, dia das mães! Não é que agradou, até minha mãe achou o vinho saboroso, o que é um pouco difícil de acontecer.

Vamos ao vinho!

A vinícola Pinhal da Torre é da região do Tejo(Ribatejo) e esse é um corte tradicional português com as castas Castelão, Trincadeira, Tinta Roriz e Touriga Nacional passando por 1 ano em carvalho.

Em taça mostrou um rubi intenso e aroma frutado.

Na boca se mostrou com bom corpo, o álcool sobra um pouco, mas é bem eqilibrado na acidez um trabalho profissional para um vinho regional. Bastante frutado e algo de especiarias e os taninos merecem um pouco de guarda para evoluir, vou guardar a outra garrafa para um belo bacalhau!

Muito interessante, mas tem seu custo fora do clube!

Saúde!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Prosecco Bellussi Extra Dry 2008

Mais uma de Fast Food. Fui jantar uma massa no Spoleto e pedi o Prosecco.

Como já comentado no post do Lambrusco, a rede Spoleto possui uma campanha de vinhos italianos, mas que diminuiu muito, uma pena.

Como o Prosecco é um vinho muito delicado, produzido na região de Veneto, portanto não o tomei junto com a minha massa que estava bem consistente, tomei como aperitivo de entrada já que não pedi uma salada.

Vamos ao vinho!

Pelo que vi no site a Bellussi é um grande produtor italiano de vinhos, imaginei pois a qualidade deste é bem superior ao Lambrusco.


A taça não é a das mais apropriadas, plástico, isso é tenebroso, mas vamos deixar de lado.
Amarelo vibrante, pouca espuma e bolhas abundantes de iníco que se esvaem com o tempo.
Aroma gostoso, lembrando frutos amarelos. Na boca se mostrou muito refrescante com a acidez bem destacada e álcool quase imperceptível.

Pelo que paguei, pouco mais que R$ 10,00, demonstra uma qualidade muito superior àqueles proseccos enjoativos que dá tristeza até de ver o rótulo.

Saúde!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Casa Valduga Premivm Cabernet Sauvignon 2006

Como já havia comentado meu sogro é adepto dos vinhos da Casa Valduga.
Em plena terça-feira descompromissada ele abre este Cabernet Sauvignon.
Vamos ao Vinho!

Na taça um vermelho bastante chamativo, e no olfato se mostrou bastante convidativo com frutos vermelhos em destaque.

Ao degustar, não empolgou equilibrado, porém faltava algo e sobrava um pouco de álcool e um amargor no final. Vou ficar por aqui nos comentários para não fazer mau juízo, mas é um vinho regular na minha opinião.

Esse não foi ainda o vinho da Casa Valduga que me empolgou.

Acho que pelo valor que estão cobrando, em torno de R$ 45,00, valor aproximado de uma garrafa do chileno TRIO. Tudo bem que é uma comparação que não dá pra comparar, mas os vinhos brasileiros de qualidade estão acima do valor real, a impressão que dá é que com o desenvolvimento do Branding as empresas brasileiras se debruçam nisso para surfar na onda da economia aquecida e aproveitar dessa onda de gastança sem noção, colocando preços e vendendo tudo que tem pelo preço que cobram, é um tiro no pé que os próprios consumidores dão.

Só um desabafo, Saúde.

Serie Riberas Gran Reserva Carmenere 2007

Estou ficando seletista com os vinhos que ando bebendo, olho triste para os vinhos simples que estão na minha adega pensando... "ainda vou bebê-los", mas fico com os mais estruturados na cabeça e a ansiedade me mata! Agora que também assinei o Clube W da Wine, eu não quero nem ver rs.

Esse é uma série recente da Concha y Toro, e o trabalho de marketing foi muito em feito, só de ver o rótulo já se transmite qualidade, mas nem tudo que os olhos veem o coração sente!

Um simples domingo com pizza e eu saquei esse gran reserva super curioso para degustá-lo. Deixei o tempo que a pizza levou pra chegar, quase uma hora, aerando na taça. De tempo em tempo verificava seus aromas.

Vamos ao vinho!

Na taça um violáceo bem concentrado e sem transparência, mostrando ser um vinho encorpado, lágrimas bem definidas.
No nariz é um vinho que se revela, muita mas muita madeira aliás são 14 meses no carvalho francês e americano. Basta ficar alguns minutos respirando o seu perfume que logo se nota frutos mais escuros como ameixa e framboesa, um pouco de chocolate e especiarias típicas da Carménère. 

Bom depois de ficar um bom tempo viajando em seus odores, a pizza chegou, vamos beber e depois devorar e bricar com os sabores que passeiam em nossas papilas.

Na boca é quase um baque, super encorpado e um pouco de frutas vermelhas, esse vinho quase fala com seu apreciador, acidez bem acertada fato de maestria da CyT, porém os taninos estavam agressivos na minha opnião, demonstra muita personalidade do vinho e incomoda um pouco, porém na minha opnião isso traduz em potencial de guarda tornando muito interessante manter uma garrafa dessa por uns dois três anos na adega para avaliar sua evolução e domar esses taninos rebeldes. No final, bastante tostado e chocolate.

Um grande vinho, quero outro para guardar em minha adega!

Saúde!

Calamares Branco 2004


Nossa, o tempo está voando. Já se passou mais de uma semana e ainda vou fazer o meu post do Domingo de Páscoa.

Bom, tradicionalmente minha sogra preparou o seu delicioso Bacalhau e o vinho que bebemos para acompanhar foi a surpresa que foi achado depois de muitos anos guardado.

Ainda com o antigo rótulo e com a cor turva, era um mistério! É recomendável consumir esse vinho com 1 a 2 anos no máximo e esse já havia passado disso a um bom tempo.

Bom, vamos ao vinho!

O Calamares é um vinho verde tradicional aqui em nosso País, de baixo custo e muito difundido e bem aceito, quem não conhece essa garrafa bojuda?

A garrafa é de vidro transparente e em taça apresentou um amarelo palha bem escuro devido ao tempo de guarda. Estava geladissimo por precaução, mas no olfato não aparentava estar passado, estragado ou impróprio ao consumo.

No olfato, mesmo ainda fechado, apresentou os traços comuns do vinho verde, tons cítricos, mas um invasor que denunciava o seu declínio, um odor próximo ao do palmito em conserva.

No paladar, não desagradou, mostrou os traços do amadurecimento, mas ainda agradava. Sua acidez estava baixa o que me fez concentrar mais para perceber as notas de sabor e principalmente diferenciar o que havia por trás do excesso de envelhecimento.

Bom, resumindo é uma boa opção para experimentar ou iniciar no mundo dos vinhos verdes antes de atacar diretamente um alvarinho que custa em torno de 3 a 4 vezes mais.

E o bacalhau... estava perfeito!

Saúde.
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