sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Malamado Malbec 2008

Cada vez mais descubro coisas interessantíssimas no mundo do vinho. Esse descobri no estande da Ravin na Wine Weekend desse ano, falavam bastante dele no local, o tal “Malbec A LA MAnera Del portO”.

Não podia deixar de experimentar e peguei uma garrafinha de 187 ml, o suficiente pra descobrir um delicioso fortificado, aliás difícil encontrar algo não muito bom da Família Zuccardi.

Vamos ao vinho!

No copo, ele já demonstra um vermelho com tons violáceos e reflexos granada.

Seus aromas são reveladores e complexos, amêndoas e castanha, frutos escuros e adocicados, um leve tostado, tudo muito harmonioso.
Na boca aquele ataque do álcool dos vinhos fortificados que entra em equilíbrio com o adocicado do vinho, mas com todo o cuidado de não enjoar seu apreciador. Final sem amargor, ótima persistência.

Claramente mostra todos os traços do terroir da Malbec Argentina com um caráter bem expressivo do vinho do porto, uma aposta muito bem sucedida da vinícola.

Indico muito!

Saúde.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Chateau Bel Air 2004

Sabe aquele vinho esquecido na gaveta. Eis um exemplar. Sempre tive dúvidas sobre as condições desse vinho, pois não aparenta ser um vinho de guarda, porém esse tipo de vinho pode guardar surpresas.

Pesquisei sobre ele, mas pouco achei. No rótulo indica que ele é um Appellation Bordeaux Contrôlée, porém os Chateau Bel Air mais atuais vem com a denominação Superieur o que significa que o vinho é de uma qualidade um pouco melhor.

Os vinhos de Chateau Bel Air tradicionalmente são feitos de um corte meio a meio de Cabernet Sauvignon e Merlot, fugindo do tradicional corte Bordales que leva Cabernet Franc e em outras proporções. Voltando ao vinho, fiquei surpreso ao abrir, pois estava com expectativa quase zero, porém o vinho ainda apresentava sinais de vida, a rolha aparentava estar em ótimas condições e logo que despejei o líquido em taça nenhum sinal de que o vinho estava estragado, oxidado ou bouchonée.

Vamos ao vinho!

Em taça apresentou um vermelho rubi com poucos reflexos acastanhados, aromas de frutos
vermelhos, pouca madeira, poucos taninos porém macios e acidez moderada. Muito pouca
complexidade, bem simples, não empolga, mas é um vinho fácil de beber.

Se achar uma garrafa dessa encostada por aí, não compre, prefira um bom Cabernet Sauvignon
 do Maipo ou até mesmo um Brasileiro que está se destacando no mercado nacional.

Depois de tomar dois espanhóis interessantes parece que saí dos pratos mais elaborados e
voltei ao feijão com arroz. Essa é a realizade, vinho francês bom não se acha em mercado e
paga-se muito bem por ele nas importadoras.

Saúde!

Beronia Crianza 2008

Mais um exemplar de Rioja, região que produz grandes vinhos na Espanha. Dessa vez é um Crianza, mínimo de 12 meses em barrica e mais 12 meses de descanso, mais elaborado, mas nem por isso muito caro, esse recebi do clubeW que está oferecendo bons vinhos a um preço bastante atraente.

Tradicionalmente é um corte da casta espanhola Tempranillo, símbolo da Espanha, Garnacha (Grenache) e Graciano, na proporção 82, 14 e 4%, produzido pela Bodega Beronia que remete ao nome Berones, nome Celta dado à região antes do domínio Romano.

Vamos ao vinho!

Na taça um vermelho rubi bem denso e pouca transparência, no olfato madeira típica, especiarias e frutos vermelhos passados.

Na boca os taninos ainda estão bem vivos, mas a acidez elevada nivela o ataque, estrutura mediana, sem amargor e boa permanência, ótima escolha para carne vermelha, mas acho que mais um ano de descanso faria muito bem pra ele.

Saúde! 

domingo, 4 de setembro de 2011

Don Román Rioja 2006

Uma pena, estou quase sem tempo para me dedicar o blog, mas vamos lá, fazer o melhor que posso!

Gostaria de ter escrito um post sobre o Wine Weekend o que pude prestigiar e degustar alguns bons vinhos, mas a locação e a organização desse evento deixa a desejar, quem sabe no próximo eu elaboro e publico de lá mesmo as minhas impressões.

Esse vinho tomei semana passada, mas anotei tudinho. Já havia lido sobre ele, muitos elogios por sinal, além de ser utilizado como vinho da casa em bonss restaurantes.

Vamos ao Vinho!

Garrafa numerada(64766 de 90180), produzido pela Bodega Marqués de Tomares com o corte de 90% Tempranillo e 10% Graciano.

Em taça(do Wine Weekend) apresentou um vermelho escuro e borda acastanhada, sinal da idade, pouco translúcido, aromas de fruta vermelha bem doce, madeira e especiarias.

Na boca apresentou-se estruturado, bons taninos, equilibrado. A acidez somada a madeira lembra um charuto posto em boca, sem acender claro, com ótima persistência, um vinho impressionante pelo custo benefício pois custa em torno de R$ 30,00, está explicado o fato de estar na mesa de muitos restaurantes.

Ótima escolha para conhecer o Terroir de Rioja, uma região muito peculiar da Espanha. Esse fim de semana estou tomando um Beronia Crianza, estarei em breve descrevendo a experiência.

Saúde!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...