quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Callia Magna Malbec 2009


Esta aí um vinho que trouxe da Argentina por ter comprado para beber lá e que acabou não dando tempo.

A Bodega Callia situada nas proximidades de San Juan ao norte de Mendoza é um novo investimento da família Salentein em um terroir bem diferenciado para a casta Shiraz que é seu carro chefe.

Esse varietal Malbec é proveniente do Valle de Tulum de baixa altitude (630 m), mais baixa que Mendoza (em torno de 900 m) , e pelo que pesquisei posteriormente os vinhos mais diferenciados desse produtor são do Valle de Pedernal a 1340 metros de altitude.

Já cheguei a comentar aqui no blog a minha preferência por Malbecs produzidos com cortes de altitude o que acaba dando uma complexidade maior ao vinho e quanto mais alto mais detalhes diferentes são adicionados. Pelo que vi a linha Reserve é que traz uma parcela dos vinhedos de altitude. Fica para a próxima.

Somente uma parcela de 50% do vinho descansa em madeira por 9 meses sendo também metade dela americana e a outra metade francesa de média tosta.

Vamos ao vinho!

Cor de Malbec, vermelho violáceo, e aroma de Malbec com fruta vermelha e especiaria de leve. Clássico argentino.

Na boca é macio, muito bem feito e equilibrado. Madeira na medida certa para não esconder a qualidade da fruta e revelar seus taninos de boa qualidade. Ótimo final e média persistência completam o quadro bem emoldurado.

É um vinho excelente tendo em vista seu custo na Argentina que é em média de R$ 25,00 e o dobro aqui no Brasil o que o torna razoavelmente aceitável quando a gente se dá conta que vale mais um desses na mão do que dois caldos de álcool voando na mesa!

Saúde!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Calyptra Pinot Noir Premium 2010


Mal recebi o vinho fiquei com a dica de harmonização na cabeça e num dia desses de noite e com muita fome pedi pizza.
A dica de harmonização era um penne aos quatro queijos.
Nem preciso continuar né?


A vinícola Calyptra é conhecida por dar personalidade própria a seus vinhos e produzir bons rótulos na região do Alto Cachapoal (Vale Central) que possui altitudes elevadas e terroir próprio.


Esse varietal tem o detalhe interessante de repousar em barricas de carvalho da região da Borgonha (terra da Pinot) de segundo uso por duradouros 22 meses.



Vamos ao vinho!

Na taça é rubi brilhante e translúcido e mesmo bem resfriado começa a mostrar seus aromas de fruta vermelha, notas delicadas da madeira e acidez.

Na boca o álcool fica bem integrado à sua acidez que por sinal é seu ponto forte e me deu a impressão de ter aberto o vinho prematuramente.

Os taninos são quase imperceptíveis com bom final e persistência. Mostra muita tipicidade sem muita evolução e acredito que se descansar um pouco mais quem sabe?

Com a pizza quatro queijos foi muito bem, mas fiquei com aquela impressão que esse vinho pedia mais tempo e um acompanhamento mais complexo.

Saúde!

sábado, 17 de novembro de 2012

S.J. Montigny Gewürztraminer 2009


Eis um ótimo alemão que tive a honra de ganhar de meus pais que o trouxeram direto da fonte.

Steffen J. Montigny é um recente produtor que com técnicas modernas e safras jovens já alcança bons resultados e muitos prêmios.

Ele produz em duas regiões e esse rótulo é de Nahe a noroeste da famosa Pfalz e perto de Frankfurt na comunidade de Bad Kreuznach.

É fácil de entender porque esses vinhos ganham prêmios, pois são aromáticos e de excelente qualidade e na Europa são vendidos entre 10 a 15 €$.

Quero em breve provar alguns exemplares franceses que são produzidos próximos dessa região com as mesmas castas.

Vamos ao vinho!

Na taça é amarelo dourado e mesmo gelado exala aromas florais amarelos e laranja igual àquela essência que a mãe da gente ou mesmo a gente usa para bolos e doces árabes.

Na boca é bem adocicado mas sem ser enjoativo, acidez mediana com ótimo final e persistência.

Harmonizou perfeitamente com as postas de cação e iscas de bacalhau ao alho, tomate seco e alho poró.

Saúde!

Barton Guestier Côtes Du Rhône 2009


Eis um vinho que tomei na casa do meu pai acompanhando o almoço do dia a dia e mais um vinho do Rhône aqui no blog.

Confesso que já tomei vinho dessa região que me encantaram, porém foram antes da criação do blog e ainda estou em busca de algum que seja mais queridinho e tenha um bom custo benefício.

Esse é um tradicional produtor com quase três séculos de história tanto na produção quanto no negócio do vinho e atualmente produz em diversas regiões da França desde Bordeaux e Borgougne até a Córsega.

Esse rótulo é de sua linha mais simples que se espalha pelo mundo, mas respeita a sua apelação (Muito sério na França) e é produzido com o corte de uvas Grenache (50%), Syrah (30%) e Carignan (20%). Amadurece em tanques de aço.


Vamos ao vinho.

Em taça é rubi violáceo, aromas exalam fruta vermelha e álcool sem complexidade.

Em boca tem boa acidez e taninos. Acompanha bem a carne, mas com o tempo em taça comecei a perceber uma certa salinidade no final e para minha surpresa assim que esvaziei a taça tinha algumas dezenas de cristais de sal no fundo. Pequisei e talvez seja Bitartarato de Potássio fonte.

Um vinho simples que talvez não custe o quanto cobram, mas passível de promoção por metade do preço. Cuidado!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Nieto Senetiner Emilia Malbec Rosé 2012


Para fechar com chave de ouro foi servido uma pera ao tempranillo com redução de balsâmico com frutas vermelhas que harmonizou divinamente com o vinho.

Eis um bom exemplo de se obter um ótimo custo x benefício em prazer!

Esse rosé adocicado acerta em cheio o paladar feminino por fermentar até atingir um nível de açúcar mais elevado.

Vamos ao vinho!

Em taça é rosa claro e vivo com muito brilho e reflexo salmão, traz algumas borbulhas e aromas doces de fruta como a cereja em destaque.

Em boca é fresco e sua acidez é o destaque que equilibra o açúcar evitando aquela sensação enjoativa e exalta a juventude do vinho.

É um vinho coringa que vai muito bem com doces de frutas, compotas e até saladas agridoces.

Saúde!

Nieto Senetiner Emilia Malbec Bonarda 2012


Terceiro vinho da degustação que acabou me surpreendendo e se tornou a minha surpresa da noite.
Só não pode ser comparado ao rosé porque são completamente distintos.

Segundo o Mauríricio a vinícola Nieto Senetiner esteve diretamente envolvida na ascensão da casta Bonarda na viticultura argentina e tal evolução nas últimas décadas transformou uma uva utilizada para produzir vinhos de garrafão em vinhos finos e premiou rótulos da vinícola mundo afora.

Vamos ao vinho!

Em taça mostra uma coloração mais intensa que o Malbec trazendo um vermelho rubi mais escuro e com brilho.

No nariz é frutado mais silvestre e menos adocicado que o varietal com lembrança floral.

Na boca é seco com taninos mais vivos e acidez equilibrada com o álcool que por sinal foi muito bem integrado em toda a linha. Sem amargor acentuado no final mostra que a Bonarda foi bem trabalhada no corte.

Um bom vinho que acompanha bem no dia a dia pratos um pouco mais untuosos que pedem um vinho marcante.

Saúde!

Nieto Senetiner Emilia Malbec 2012


Dando continuidade à degustação de lançamento da linha Emilia da vinícola Nieto Senetiner o prato seguinte foi um talharim bem fino à calabresa que acompanhou tanto o Malbec quanto o Malbec Bonarda.


Como dito no post anterior essa é a mais nova linha de entrada da vinícola que traz vinhos jovens e sem madeira para o dia a dia e que quer competir com o consumo de outras bebidas aqui no Brasil.

Vamos ao vinho!

Em taça mostra o vermelho rubi brilhante e aromas da fruta vermelha em compota bem doce.

Na boca é fresco com boa acidez, percebe-se os taninos e tem final agradável.

Simples e agradável e com a massa foi o melhor da dupla!

Saúde!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nieto Senetiner Emilia Chardonnay Viognier 2011


Fui convidado para o lançamento da mais nova linha dessa vinícola que tem como proposta descomplicar e acertar o alvo em cheio do mais novo mercado que todas as vinícolas querem ganhar: a juventude e os vinhos do dia a dia.

No Brasil como sempre estamos engatinhando, mas a tendência mundial é migrar dos tintos pesados ou muito estruturados para vinhos mais leves e alegres e é fato como já acontece na Itália onde o consumo de rosés e brancos já supera os tintos.

Se pensarmos em nosso clima e como o nosso planeta aquece cada vez mais tendo verões durante os invernos não há nada mais lógico para acontecer! Quem sabe assim elevamos a litragem/ano de consumo no Brasil?

Como havia dito fui convidado, e o evento aconteceu no mais novo espaço dedicado exclusivamente à cultura do vinho e cuidadosamente alocado em uma casa no Jardim Paulista.


Tudo realizado com muito esmero pela Nieto Senetiner, Thaise Cleto (Rodrigues & Freire Comunicação) e pelo Sommelier da Nieto Mauríricio Guimarães. Comigo também esteve a Débora Takushi do blog Amo Vinhos.

A entrada foi um risoto de açafrão, se não me engano, que foi muito bem com o vinho.


Vamos ao vinho!


Em taça mostra cor amarela bem clara e reflexos dourados com aromas de bastante fruta tropical como abacaxi e pêssego.

Na boca é simples e objetivo com acidez mediana o que o torna versátil para comida ou bem gelado sozinho em algum lugar muito quente e em substituição da cerveja.

Um vinho correto e bem feito que entrega cada Real de investimento em seu preço que vai girar de R$ 25 a 30.

Saúde!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Winfried Seeber Kabinett Feinherb 2009

Esse é o primeiro vinho dos quais meus pais trouxeram após a sua última viagem à Europa e o qual fico lisonjeado pois foram uma seleção de excelentes rótulos.

Esse veio diretamente da fonte - Alemanha - junto com um Gewürs que também em breve estará aqui no blog.

As castas Riesling e Gewürztraminer produzem vinhos de excelente qualidade e expressão na Alemanha e a Riesling em particular está sendo ultimamente minha preferida entre os brancos.

O produtor desse rótulo, que aliás é orgânico o que aprecio muito, produz vinho a mais de 250 anos na vila de St. Martin na região do Pfalz (Palatinado) que é considerada uma das regiões mais bonitas da Alemanha.
 

Vamos ao vinho!

Em taça é dourado e mostra evolução para um Riesling que geralmente mais claros e com tons amarelo palha. O aromas ficaram moderados no início pois gelei bastante a garrafa para apreciar a evolução. Frutado e cítrico no início (maçã verde e pêssego) que abre para notas florais as quais sou falho na identificação. No nariz também já se percebe as notas minerais.

Na boca mostra sua acidez como principal característica muito bem casada com o álcool, ótima mineralidade, textura e excelente final com média persistência.

Pena que esse vinho não seja comercializado no Brasil, mas é ótimo para mostrar como que nas regiões produtoras existem excelentes rótulos de pequena produção que mostram toda a sua tipicidade e originalidade. É garimpando que se acha as preciosidades e agradeço aos meus pais me proporcionar esse prazer. Na Alemanha esse vinho custa até 6 € e se convertido para cá com os impostos e tudo mais daria em torno de 70 a 80 Reais.

Ótimo vinho, saúde!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Auguste Bessac Côtes du Rhône 2010


Mais um exemplar da região do Rhône que fez parte do ClubeW de Junho e que fez par com o rótulo de mesma linha porém proveniente da região bem próxima denominada Lirac.

Quem quiser conhecer mais sobre o produtor relembre: Auguste Bessac Lirac 2010, ou se preferir saber mais sobre a região de Côtes du Rhône relembre: Côtes du Rhône Léon Perdigal 2010.

Esse rótulo é um corte tradicional que respeita sua denominação e leva as castas Syrah, Grenache e Mourvèdre colhidas nas comunas de Vaucluse a leste e Gard a oeste do rio Rhône que são bem distantes entre si e devem influenciar bastante na identidade do vinho.

O vinho é vinificado separadamente e depois de cortado descansa 8 meses em barricas de carvalho americano e francês e sua graduação alcoólica é de 14.5.


Vamos ao vinho!


Em taça é rubi com reflexos pouco violáceo e média transparência. Novamente a predominância do álcool no início incomoda da mesma forma que ocorreu com o Lirac, mas com o tempo ameniza e aparecem as frutas vermelhas ácidas como framboesa e as especiarias sem muita evolução.
Na boca a acidez ajuda com o álcool e depois de uma hora aberto se mostra um vinho mais agradável e que caiu mais no meu gosto que o Lirac. Os taninos são destaque e o final é agradável com boa persistência.

É gastronômico e interessante para confrontar com outros vinhos da mesma região, pois está em um patamar superior, mas não para o dia a dia em minha opinião.

Saúde!

sábado, 20 de outubro de 2012

Carlos Reynolds Colheita 2009


Outro vinho do Clube da Wine que dessa vez acompanhou muito bem uma pizza de embutidos.

Esse exemplar é produzido no sul de Portugal, mais precisamente na região de Portalegre no Alentejo, que atualmente está em voga por ter entrado recentemente no cenário vitivinícola com vinhos de excelente qualidade.

Produzido pela vinícola Gloria Reynolds da família Reynolds de origem inglesa e que que mudou para Portugal no século XIX.

Suas castas são Aragonês (40%), Trincadeira (40%) e Alicante Bouschet (20%) que são fermentadas em "bolseiros" de carvalho por oito meses e na sequência decantado e filtrado em filtros de terra.



Vamos ao Vinho!

Em taça é Vermelho rubi escuro e trans bons aromas de fruta vermelha e um toque de floral e madeira.

Na boca é fácil de beber com álcool muito bem integrado à acidez, bons taninos e repete a fruta. Ótimo final.

Foi muito bem com a pizza, mas merecia um prato mais complexo e à altura.

Saúde!

Dancing Bull Cabernet Sauvignon 2010


Mais um vinho do ClubeW que recebi recentemente e que prontamente levei para aquele tradicional churrasco de domingo.

Esse rótulo proveniente da Califórnia, Estados Unidos, é produzido na região de Napa Valley com uvas das regiões do Condado de Sonoma e Vale Central.

A E&J Gallo é a maior vinícola do mundo e produz algo em torno de um bilhão de litros de vinho por ano o que significa uma produção maior do que alguns países.

Esse Cab, como eles chamam os Cabernets, passa por 3 meses em barricas de carvalho americano lógico.

Vamos ao vinho!

Em taça é rubi escuro bem tinto. No nariz traz notas de fruta em compota e notas bem adocicadas.

Em boca tem bom corpo e os taninos estão tinindo. Álcool e acidez equilibrados juntamente com um bom final o tornam um vinho bem feito.

Foi muito bem com a carne churrasqueada.

Saúde!

Côtes du Rhône Léon Perdigal 2010


Esse foi um presente de meu irmão mais velho Alexandre que mora em Porto Alegre e me presenteou no meu aniversário com esse exemplar francês que é importado pela grande rede Zaffari que atualmente possui uma grande parcela no varejo do Rio Grande e expandiu seus negócios aqui em São Paulo.

Eu não consegui encontrar muitas informações sobre esse produtor, o que é comum de acontecer em diversas regiões de pequenos produtores que é o caso da França. Para conhecer melhor o mais fácil é viajar ao local e escutar diretamente as histórias e sua história.

Bom, como não consegui muita informação, vou dar maiores detalhes sobre a região que foi a primeira a receber o AOC (Appellation d'Origine Contrôlée) e que aliás elabora ótimos vinhos e na minha percepção essa região está aparecendo mais aqui no Brasil e desviando um pouco o foco de Bordeaux!

Côtes du Rhône fica no sudeste da França (amplie o mapa clicando nele) e é dividida em diversas sub-regiões demarcadas  e mais conhecidas por serem cortadas pelo rio Rhône. Esse região que já produziu os vinhos favoritos da majestade e do clérigo produz vinhos tintos, rosés e brancos e a uva base desses vinhos é a Grenache.

As qualificações dessas regiões começam com o Cotês du Rhône - AOC que é o caso desse rótulo composto de Grenache, Syrah e Mourvedre. Uma escala acima temos os Côtes du Rhône Villages onde somente 95 produtores possuem essa denominação e mais 18 podem trazer no rótulo o nome da região. Finalizando os que possuem os maiores níveis de exigência são os Crus de altíssima qualidade. Se quiser mais informações pode acessar o site do INAO que regulamenta as denominações francesas.

Vamos ao vinho!

Na taça mostrou vermelho e aromas típicos de fruta vermelha como groselha e um pouco de floral e especiaria.

Na boca mostrou é equilibrado com pouco álcool sobrando no começo, mas mostra elegância e boa acidez. Bom final.

Saúde!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Alvarez de Toledo Mencia Roble 2008



Tai um vinho espanhol que não leva Tempranillo e vem como uma proposta de mostrar outras características desse país que tem uma diversidade viti-vinícola muito além do que nos é mostrado.

Esse vinho veio através do ClubeW e essa seleção é de um produtor da região de Bierzo a centenária Alvarez de Toledo.

Bierzo fica no noroeste da Espanha na província de León, bem próximo da região de Rías Baixas de onde provei o Paco & Lola um branco excepcional!

Essa região cultiva uvas das castas tintas Mencia , Garnacha e brancas Doña Blanca , Godello e Palomino, mas são os vinhos da Mencia que são bem cotados na região.

Vamos ao vinho.

Na taça é rubi violáceo e traz aromas de fruta vermelha madura e baunilha da madeira. Não mostra muita complexidade.

Na boca tem baixa acidez e podia ter um pouco mais de corpo, mas é muito correto e tem bons taninos. No final traz um pouco de mineralidade e boa persistência o que acaba valorizando mais o vinho.

É um vinho simples e que através do clube se torna viável já que seu custo por garrafa acaba ficando até R$ 50,00.

Saúde!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Finca Flichman Gestos Malbec 2009


Mais um final de semana de bons vinhos e no domingo um bom vinho e uma boa carne.

Esse vinho comprei em Mendoza por menos de R$ 30,00 e confesso que foi a proposta que me seduziu. Gosto muito do estilo dos Malbecs elaborados com cortes de altitude onde a famosa e conhecida bodega Catena Zapata se faz especialista.

Esse rótulo não tão comum pertence à nossa conhecida Finca Flichman que está presente em abundância nos mercados e a linha Gestos tem essa finalidade de apresentar um corte da mesma cepa, porém de altitudes diferentes.

Essa linha também possui rótulos com  as cepas Cabernet Sauvignon e Shiraz feitos da mesma forma que esse Malbec onde 50% é proveniente da região de Tupungato a 1100 metros e os outros 50% da região de Barrancas a 700 metros de altitude.

Dessa forma o clima, o solo entre outros componentes de terroir transmitem uma essência totalmente diferente para as uvas.

O vinho descansou por 6 meses em barricas de carvalho francês e americano e mais 4 meses em garrafa.

Vamos ao vinho!

Na taça é violáceo e traz aromas de fruta escura como ameixa e um toque discreto da madeira e um pouco de chocolate.

Na boca tem bom corpo, taninos de qualidade que casaram muito bem com o churrasco e confirmação da ameixa com bom final e persistência média para baixa.

É um vinho um pouco acima dos vinhos simples e muito bem feito que soma características da mesma uva de forma interessante.

Saúde!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Canepa Finísimo Carmenere 2010


Um exemplar chileno da uva mais famosa do país e da região que possui sua maior expressão.

Dos últimos Carmenére que tomei esse traz a tipicidade do Peumo a um custo mais agradável. Peumo é a região do Valle de Rapel onde a casta Carménère alcança para alguns a sua melhor expressão.

A Canepa é uma Viña de origem italiana com quase 100 anos e vem sendo bem reconhecida mundo afora pelo seu trabalho.

Essa é linha intermediária que vem se desenvolvendo a décadas. Esse rótulo na verdade é um corte composto com 90% de Carménère e 10% de Cabernet Sauvignon que ficou descansando 13 meses em barricas francesas e americanas.

Vamos ao vinho!

Na taça mostra um vermelho bem tinto com reflexos roxos e aromas de fruta escura como amora e ameixa, chocolate e especiarias.

Na boca tem bom corpo e equilíbrio. Bons taninos, final e persistência.

Típico Carménère chileno.

Saúde!

Michel Torino Coleccion Merlot 2008


Quem disse que Salta só produz ótimos Torrontés?
E o que é melhor, além de ser bom é barato!

A bodega El Esteco é um dos produtores mais tradicionais da região de Salta - Cafayete.
Essa linha Coleccion é a segunda após a linha de entrada (Tradicional) e por um custo de R$ 20,00 a R$30,00 é indiscutivelmente um Best Buy.

Esse varietal 100% Merlot é proveniente de vinhedos que ficam a 1700 metros de altitude no Valle Calchaqui e passa por 6 meses em barrica.

Vamos ao vinho!

Na taça o vinho é púrpura com as bordas tendendo a cores terrosas. Seria uma evolução? Nos aromas logo de cara se identifica o café e tons adocicados que evoluem para frutas secas como o figo e damasco.

Na boca se mostra simples, correto e harmonioso nas questões do álcool e da acidez. Bons taninos e final confirmando algumas notas do olfato com sensações muito agradáveis.

Incrível como os vinhos de Salta conseguem sobressair a muitos outros terroirs e que bom que existem produtores honestos que nos presenteiam com esses exemplares. É um vinho marcante. Quem sabe será uma Bodega certa para uma futura visita.

Saúde!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Jacob's Creek Chardonnay 2009


Aproveitando o calor estou "queimando" os brancos simples e mais antigos que tenho guardado.

Para aproveitar o giro pelo novo mundo que estou dando saindo do cone sul, passando pela África do Sul, agora cheguei à Austrália.

Essa vinícola é tradicional na terra dos cangurus e bem objetiva por sinal. Produz somente duas linhas que inicia com essa chamada de Classic e uma superior chamada de Reserve além de um espumante que são os famosos Sparkling. As uvas cultivadas também são poucas e são as que mais se dão bem nesse canto do mundo seguindo a filosofia do fazer o simples e bem feito.

O site do produtor não disponibiliza a ficha de safras mais antigas, porém nas mais novas é descrito que o vinho não passa por madeira e não leva outra casta em corte. Suas uvas são provenientes do Barossa Valley, Sudoeste desse País continente.

Vamos ao vinho!

Em taça é amarelo dourado e traz notas de frutas amarelas como abacaxi, mas seus aromas dispersam rapidamente.

Na boca demonstrou seus sinais de idade com acidez muito baixa o que tornou o vinho um pouco estranho em baixa temperatura. Engraçado como ficou melhor ao ganhar um pouco mais de temperatura. O álcool é quase imperceptível, seco com notas adocicadas e cítricas e aquela sensação de giz com um pouco de amanteigado. O final saboroso e frutado com final longo acabou salvando o que parecia ser uma experiência que não seria das melhores.

Cuidado com os vinhos brancos das linhas mais simples, que tem objetivo de extrair bastante a fruta, e que tiverem safra superior a 2 anos. O passar dos anos compromete sua acidez e pode acabar comprometendo o seu prazer na degustação do mesmo.

Branco simples e frutado é pra ser bebido jovem.

Saúde!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Hartenberg Cabernet Sauvignon Shiraz 2009


Fim de semana de trabalho, mas consegui ter um domingo tranquilo.

Fiquei sabendo que iríamos ter costela na minha sogra e fiquei pensando num vinho. Pesquisei rápido na internet através do celular e o site da churrascaria Vento Haragano (se não for bem nascido você deixa as suas calças lá) indicou um Syrah Australiano. Como também teríamos uma bela picanha a dúvida aumentou mais ainda. Para sair do tradicional Malbec para churrasco eu defini a Syrah, mas será que os taninos vão conseguir competir com a gordura? Dúvida cruel!

Eureka, que tal aquele corte Cabernet / SHiraz sul africano que une a potência da Cabernet e a especiaria da Shiraz! Perfeito!

Esse vinho eu havia recebido pelo ClubeW e preciso dessas ocasiões especiais para tomá-los senão não vou ter mais onde guardá-los.

Esse produtor fica na região de Stellenbosch que juntas de Paarl e Franschoek formam a Região do Cabo a maior região produtora da África do Sul.

Essa linha é a Premium e trata-se da linha de entrada. Seu corte aparentemente leva outras cepas além da Cabernet Sauvignon e Shiraz, mas não encontrei dados confiáveis e o vinho passa 1 ano em barrica.

Vamos ao vinho!

Na taça é vermelho rubi escuro com reflexos violáceos. Muita fruta ao estilo novo mundo e notas fortes da madeira e especiarias e uma sobra de álcool no início, mas que se dissipa com o tempo.

Na boca tem bons taninos, média acidez e bom equilíbrio, porém é simples, mas sua simplicidade foi um tiro certo na ocasião e casou muito bem como acompanhamento das carnes.

Bom vinho, mas acho que a África do Sul tem muito mais a mostrar como a Nova Zelândia já faz.

Saúde!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Maycas del Limari Pinot Noir Reserva 2011


É com muita alegria que chego ao ducentésimo vinho aqui do blog!

E para celebrar a vida principalmente que é o objetivo do vinho e comemorar esse feito que significa muito, mas não é o foco. Abri um Pinot Noir, uva que mais me identifico e mais tomo no meu dia a dia. Os vinhos que entram aqui no blog são os que experimento por curiosidade ou até mesmo oportunidade como é o caso das degustações.

O grande objetivo disso tudo é divulgar o mundo do vinho, trocar informações com pessoas que compartilham dessa afinidade, fazer amizades nem que seja virtual, aumentar a qualidade dos produtos, pois a internet possibilita esse movimento de discussão em prol da vontade do consumidor, criar um registro pessoal, pois são milhares de opções e dessa forma organizar e aproveitar melhor os meus recursos que irei investir nos vinhos do dia a dia, entre muitas outras coisas envolvidas. Quanta coisa não é!

Desde já agradeço a todas as pessoas que participam comigo nesse objetivo em comum.

Esse vinho eu recebi no ClubeW que assino do site Wine.com.br que facilita muito o acesso a vinhos interessantes. Às vezes dão uma escorregada, mas no geral é um saldo bem positivo a um custo que bem analisado vale a pena.

Essa vinícola é de uma região ao norte de Santiago e bastante comentada aqui no blog que surpreende na qualidade se seus vinhos. É uma região recente na produção de vinhos tanto que o grupo Concha y Toro adquiriu a poucos anos e que possui uma linha pequena de rótulos que inicia com a Reserva, Reserva Especial e Quebrada Seca, que são constituídos de poucas cepas varietais, porém com muita qualidade bem ao estilo simples e correto. Para que dificultar e enfeitar né?

Esse vinho é um varietal 100% Pinot Noir do Valle del Limarí que descansa 12 a 14 meses em barricas de carvalho francês.

Vamos ao vinho!

Na taça mostra um vermelho vivo com reflexo púrpura e média transparência. No nariz logo após aberto sentimos (eu e minha esposa) o álcool de longe, sinal de sua juventude o que me fez deixá-lo respirar pelo menos quase uma hora. Preciso de um aerador. Fruta vermelha é a característica básica de um bom Pinot e esse mostrou todas como o morango, a cereja e a framboesa, eu parecia uma criança com um pacote de balas, e complementando a madeira dava seus sinais ao fundo.

Na boca mostrou o álcool que ainda estava um pouco agressivo, mas fora esse pequeno excesso o vinho estava delicioso, complementando o olfato, acidez correta e taninos muito bem trabalhados com a madeira bem integrada ao vinho insinuando toques de caramelo. Ótimo final e persistência completam o cenário.

O preço é salgado, mas para quem gosta de Pinot acho que vale arriscar para conhecer.

Saúde!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Robert Mondavi Private Selection Pinot Noir 2010


Ufa... até que enfim eu saí do eixo Argentina - Chile. Precisava respirar.

Brincadeiras a parte também tomei esse vinho no friozinho da serra no interior nesse último feriado que, aliás, marcou temperaturas de rachar.

Esse é um rótulo que sempre tive vontade de experimentar e comprei em uma queima no site da Wine.com.br junto com o Cabernet Sauvignon e outros rótulos diferentes. As vezes é tanta coisa que eu quero que me perco ou escolho mal no meio de tanta opção e isso é ótimo pra quem viveu na clausura viti-vinícola dos anos 80 e 90.

Os Estados Unidos possui bons vinhos, porém não muito difundidos aqui no Brasil por chegarem um pouco salgados com a quantidade de impostos. Pra se ter ideia esse vinho é vendido por U$ 10,00 nos EUA e aqui no Brasil chega ao consumidor final a R$ 80,00.

Robert Mondavi é um produtor pioneiro na região de Central Coast - California e é considerado como o responsável pela introdução do novo mundo no cenário mundial do vinho.

A vinícola divide seus vinhos em três linhas e a Private Selection é a intermediária, a Woodbridge de entrada e uma vasta linha de vinhos Premium que tem seu preço atrelado às altíssimas pontuações concedidas pelo seu conterrâneo Robert Parker.

Esse rótulo é um corte de Pinot Noir (90%), Petit Sirah (6%), Syrah (3%) e Merlot (1%) que entrou recentemente mostrando a preocupação de variação do corte para obter um vinho rico e bem feito. Passa até 6 meses em barrica francesa.

Vamos ao vinho.

Na taça mostra transparência mediana comum nesses vinhos mais elegantes, vermelho rubi e reflexo violáceo claro. Nos aromas mostra uma sobra de álcool que não chega a incomodar, cereja e fruta vermelha como um bom Pinot e especiarias suaves.

Na boca tem ótima acidez, álcool aparece bem integrado, sedoso e com ótimos taninos. Correto, bom final e boa persistência dão uma pequena amostra do que esse produtor é capaz de fazer de forma simples um Pinot Noir honesto para seu preço nos USA.

Uma boa amostra do que a Califórnia produz e dá vontade de ir conhecer um pouco de sua cultura enogastronômica. Quem sabe quando um real comprar dois dólares.

Saúde!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Gran Reserva Del Fin del Mundo 2006


Esse vinho tomei nesse último feriado no friozinho da serra de Botucatu acompanhado de uma boa carne.

A bodega Del Fin del Mundo tem presença freqüente aqui no blog, pois gosto muito da expressão da casta Malbec proveniente da região patagônica que fica ao sul de Mendoza.

Nessa região os vinhos Malbecs impressionaram e os Pinot Noir cativaram bastante o público como uma revelação de bons vinhos, apesar dos últimos exemplares que recebi através do ClubeW estarem bem abaixo da expectativa.

Esse rótulo achei em uma garimpada no importador com o preço abaixo do praticado para queimar estoque mesmo e junto com minha curiosidade fez a garrafa pular para minha cesta de compras. O Gran Reserva é um rótulo intermediário, acima dele estão o FIN e o Special Blend, e trata de um corte composto por Malbec (33%), Cabernet Sauvignon (29%), Merlot (23%), Cabernet Franc (15%) que estagia 12 meses em barricas francesas (70%) e americanas (30%).

Vamos ao vinho!

Em taça já demonstra a sua evolução com a cor rubi e as bordas com tons mais acastanhados/atijolados. Os aromas estão bem suaves e integrados ao álcool do vinho que quase não se nota. Ameixas são bem nítidas, fruta vermelha em compota e um herbáceo interessante. Se não soubesse que é patagônico eu o confundiria facilmente com algum corte de Mendoza.

Na boca estava um néctar, redondo com médio corpo que preenchia bem a boca, acidez presente mas nota-se que está diminuindo o que demonstra que o vinho está em seu ápice se já não passou e taninos finos muito bem integrados ao vinho. Bom final e permanência mediana demonstram que é um vinho intermediário, porém muito bem feito e que evoluiu com a guarda, mas não grandes coisas.

Interessante, mas a linha Reserva aparenta ter um custo benefício mais interessante além de trazer mais tipicidade.

Saúde!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Gravas del Maipo 2007


Finalizando a visita ao Concha y Toro Wine Day da Ville du Vin mais um ícone da vinícola e dessa vez é um Syrah.

Esse Syrah é do mesmo autor do Don Melchor e mostra como os chilenos querem agregar mais uma cepa e criar uma tríade no cenário dos vinhos tintos com as uvas já consagradas como Cabernet Sauvignon e Carménère que foi redescoberta nesse mesmo país.

Esse rótulo passa 18 meses em barricas sendo 80% novas e 20% de segundo uso o que lhe confere uma marca expressiva de madeira para um Syrah e sua composição também leva a Cabernet Sauvignon (12%).

Vamos ao vinho!

Na taça é bem escuro com reflexo violáceo. Aromas bem diversificado de bastante fruta madura adocicada e especiarias para dar e vender. Bastante traço da madeira com a baunilha bem evidente.

Na boca é guloso e de bom corpo, ótima acidez e bastante madeira que chega a secar a boca com seus taninos que ainda precisam de mais tempo e olha que se trata e um vinho com cinco anos de idade. Deve ir bem com comida bem temperada e untuosa. Não fosse a secura em excesso teria o final perfeito com duradoura persistência.

Novamente um prazer racionalmente inalcançável com seu preço por volta dos R$ 700,00.
Quem sabe daqui alguns anos eles se adéquem ao mercado.

Saúde!

Don Melchor 2008


Cheguei à estação IV do Concha y Toro Wine Day e me dei conta que provei toda a alta cúpula da vinícola contando com os Marques de Casa Concha que degustei na própria vinícola, o Almaviva e o Quebrada Seca no almoço, trouxe o EPU e outros que em breve estarão aqui no blog, ganhei em uma promoção o Casillero Brut e sem falar nos Casilleros e demais vinhos da linhas intermediárias.

Qualquer hora algum representante vai me convidar para participar de algum evento, mas que fique claro que minha dose desse ano de CyT está se esgotando (rs), meu blog é prova viva disso.

Voltando ao vinho, esse é outro ícone da vinícola, agora a maior expressão do Maipo que é a Cabernet Sauvignon e em seu rótulo leva nada mais nada menos que o nome de seu fundador.

O vinho descansa quinze meses em barricas de carvalho francês e leva um pequeno percentual de Cabernet Franc (3%).

Já havia tomado esse vinho a alguns pares de anos atrás de uma remota safra de mil novecentos e noventa e alguma coisa e desde estão esse vinho remonta um dos poucos vinhos finos de maior qualidade que tive acesso na juventude. Como é bom ter boas lembranças do passado que nos orientam pra um ótimo futuro!

Vamos ao vinho!

Na taça tem a tradicional cor rubi e aromas complexos e variados que vão de fruta escura a frutas vermelhas em compota, madeira bem destacada com os abaunilhados e fumo. Engraçado que para liberar melhor os aromas usei a velha técnica de cobrir a superfície externa da taça com as duas mãos para aquecer o vinho e fui metralhado com olhares fulminantes quase sendo chamado de herege.

Na boca mostra sinal de evolução, mas é ainda uma criança, potente e com taninos que precisam descansar um pouco mais, porém já demonstra bastante equilíbrio entre álcool e acidez e tem ótimo final de boca.

Novamente um altíssimo preço o que nos faz pensar em muitas outras opções antes de comprar!

Saúde!

Carmín de Peumo 2007


Outro exemplar de Carménère para salvar a noite.

Como já havia dito na região de Peumo se encontra a melhor expressão dessa cepa no Chile e esse rótulo leva essa característica até no nome. Carmín signifíca vermelho vivo quase púrpura e esse rótulo é o ícone da vinícola que recebe altíssimas pontuações safra após safra.

Passa dezoito meses em barricas novas e também leva outras cepas em um corte decimal de Cabernet Sauvignon (6,5%) e Cabernet Franc (3,5%) ambas originárias do Maipo, sobrando os 90% para a Carménère de Peumo - Valle de Rapel.

Vamos ao vinho!

Na taça é vermelho tinto profundo com reflexo púrpura, tanta cor que mancha toda a taça. Aromas exalam cassis e fruta escura, muita especiaria e notas da madeira.

Na boca a acidez mostra o ponto forte e seus taninos são finos como gostaríamos de tê-los em qualquer outro vinho. Final e persistência excelentes.

Tem um pouquinho de muitas qualidades e que deve ser perceptível até para os enochatos de plantão ou por pessoas com pouca litragem na bagagem pois é delicado e intenso. Predicados que o diferencia até mesmo de outros vinhos de qualidade.

Porém, a Concha y Toro está se mostrando um produtor de contrastes muito fortes com vinhos totalmente popularizados e rótulos impecáveis e seus preços impraticáveis. Desculpe mas R$ 700,00 em um vinho não dá!

Saúde!

Série Riberas Gran Reserva Carménère 2009


Olha quem apareceu aqui no blog novamente.
Agora na estação III do Concha y Toro Wine Day da Ville du Vin resolvi pegar mais leve degustando apenas dois rótulos dos que mais me interessavam.

Como o Terrunyo não estava disponível no momento e já conhecia essa figura resolvi encarar.

Esse rótulo é meio polêmico e como expliquei no post do Sauvignon Blanc está entre as linhas mais simples como a Trio e Casillero e o Marques de Casa Concha, porém uns acham o vinho é meio exagerado e outros acham que não vale o quanto custa.

É um Carménère que leva um percentual de Cabernet Sauvignon (10%) e sua proveniência é o Peumo no Valle de Cachapoal que expressa bem a casta. Passou 14 meses em barricas francesas e americanas o que para alguns traz uma sensação de madeira em excesso.

Vamos ao vinho!

Na taça é púrpura como tinta e nos aromas trouxe bastante álcool e frutas escuras com bastante madeira.

Na boca confirmou o desequilíbrio com pouca acidez e taninos vivos que demonstra uma juventude feroz. Final de boca com muita madeira e fruta que agarrou a força o que não me agradou e me faz acreditar que não deve evoluir muito com a guarda.

Para relembrar o 2007 eu bebi com 4 anos e esse estamos bebendo com 3 anos.
O 2007 estava superior e dessa vez eu passo.

É um vinho fácil de ver em mercados e sedutor devido ao bom trabalho de marketing em seu rótulo, mas não se arrisque.

Saúde!

Trivento EOLO Malbec 2008


Eu ia realizar algumas críticas, mas com alguns movimentos que ando percebendo nos meios das redes sociais eu me contive e vou realizar apenas uma pequena avaliação no final do texto.

Esse é o vinho top da Trivento. É um Malbec, mas na realidade trata-se de um corte de Malbec (93%), Cabernet Sauvignon (5%) e Petit Verdot (2%). Vale destacar que as uvas utilizadas na produção deste vinho são de vinhedos com 100 anos de existência.

Eu pessoalmente prefiro outras técnicas/culturas/escolas em um Malbec como, por exemplo, o corte realizado de uvas de diferentes altitudes/vinhedos, mas isso é um gosto pessoal.

É um vinho de baixa produção, somente 6200 garrafas, passa 18 meses em barricas de carvalho e mais 12 meses em garrafa.


Vamos ao vinho!

Na taça é vermelho tinto e denso com reflexo púrpura. Os aromas são extensos e complexos. Os sabores frutados(fruta escura como amora e blueberry) são seguidos da tosta do carvalho, floral, fumo e chocolate. Tudo isso em pouco menos de uma hora.

Na boca é sedoso, fino e com taninos excelentes. Álcool e acidez em conjunto do excelente final e ótima persistência demonstram a notoriedade desse vinho.

Mas não é para todos e custa a bagatela de R$ 400,00 o que faz o enófilo que preza pelo seu bolso fugir para opções que por menos da metade do preço encontram satisfação garantida.

Saúde!

Trivento Amado Sur Malbec 2009


Quase me mudo de imediato para a próxima estação do Concha y Toro Wine Day da Ville du Vin, mas resolvi insistir já que o rótulo ícone dessa Bodega se encontrava disponível.

Fui com calma e provei o Amado Sur que é um corte que resgata a Bonarda (16%) em um corte de Malbec (72%) como casta principal e uma pitada de Syrah (12%).

Fiquei curioso!

É vinificado em separado passando 8 meses em barricas e após o corte mais 5 meses em garrafa.

Vamos ao vinho!

Em taça é vermelho rubi com reflexos violáceos, aromas que vão da ameixa da malbec a frutas vermelhas ácidas. Um pouco de baunilha e especiaria completam.

Na boca é potente e equilibrado, ufa..., bons taninos e final agradável que pede comida untuosa.

Não dá pra comparar nem de perto um corte feito com uvas mais encorpadas e um Pinot Noir que tem estilo totalmente diferente, mas foi um alívio pra quem gosta de vinho alterar o padrão de qualidade que não chega a ser um vinho top, mas é correto e agradável.

Sáude!

Trivento Reserve Pinot Noir 2011


Agora passei para a estação II do Concha y Toro Wine Day da Ville du Vin.

Os vinhos são da Trivento que é o investimento argentino da Concha y Toro, mas sinceramente os vinhos que produzem não me chamam muita atenção.
Uma pena, pois fui seco no Pinot Noir que é uma das minhas uvas preferidas, mas comecei com o pé esquerdo.

Vamos ao vinho.

Na taça mostrou o vermelho rubi típico da casta e os aromas já destacavam o excesso de álcool e fruta vermelha sem muita harmonia junto com herbáceos.

Na boca confirmou o nariz com o álcool excedendo novamente, acidez mediana e final não muito agradável com madeira pegando no fundo da boca.

Não sei se o vinho estava em suas melhores condições e se houver novamente uma oportunidade de experimentá-lo vou avaliar novamente, mas se for de graça.

Está longe de ser um vinho mediano que custa na faixa dos R$ 40,00.

Saúde!

Terrunyo Sauvignon Blanc 2009


Último branco provado no Concha y Toro Wine Day da Ville du Vin.

Apesar da idade avançada para um branco este ainda estava inteiro. Sua safra atual já está na 2011, portanto se tiver um desse consuma rápido.

Esse rótulo de linha superior da vinícola é a melhor expressão da casta em território chileno que se encontra no Valle de Casablanca. Porém isso não significa que este é o melhor Sauvignon Blanc chileno, longe de mim lançar uma afirmação desse tipo e por mais de R$ 100,00 dá pra encontrar chilenos ou até mesmo franceses superiores.

Vamos ao vinho!

Na taça amarelo bem claro quase transparente. Mesmo com temperatura bem baixa os aromas saltam pra fora da taça com notas cítricas e herbáceas com fundo mineral. Dá para perceber que sua produção foi realizada com muito esmero e uvas de excelente qualidade que o diferencia daqueles vinhos carregados em maracujá.

Na boca é super correto e equilibrado na acidez e álcool. Mineralidade bem presente, bom final com persistência acima da média completam a saga.

Saúde!

Marques de Casa Concha Chardonnay 2009


Continuando o posts referentes ao Concha y Toro Wine Day da Ville du Vin agora um rótulo tradicional que é feito da cepa Chardonnay do Valle Limarí que é considerado um terroir mais nobre e produz brancos das linhas superiores como já pudemos conferir com o Quebrada Seca já comentado aqui no blog e pertencente ao mesmo grupo.

Esse rótulo passa um ano em barricas de carvalho francês o tornando mais marcante e dando mais corpo ao vinho.

Vamos ao vinho!

Na taça é amarelo claro lembrando bastante a cor dos Sauvignon Blancs, aroma frutado e cítrico como lima de leve e notas minerais.

Na boca é refrescante e com ótima acidez, mineralidade suave o que traz bastante elegância ao vinho. O álcool quase não se nota e a madeira utilizada deve ter sido de ótima qualidade pelo tempo que permaneceu descansando não transferindo nada de forma exagerada ao vinho.

Acho que essa noite eu estava para os brancos e apesar do valor ser bem salgado eu gostei bastante do vinho.

Saúde!

Serie Riberas Gran Reserva Sauvignon Blanc 2009


Os leitores que me acompanham vão começar a achar que devo ter algum relacionamento com o mega produtor chileno Concha y Toro. Calma gente, além de não ter nenhum vínculo eu já estou até um pouco enjoado dos bomb fruits chilenos com altas dosagens de madeira (tanto que nem provei todos os vinhos expostos). Não é uma crítica e quem me conhece sabe que bebo de tudo e comento bem menos que gostaria.

Apesar das minhas preferências européias não tenho como fugir dos vinhos do novo mundo que são mais acessíveis e conseguimos um pouco mais de qualidade com um pouco menos de investimento.

Essa overdose da CyT é que além de visitar esse produtor recentemente eu também estive no Concha y Toro Wine Day da Ville du Vin que teve ampla divulgação nas redes sociais motivo o qual tornou o evento um pouco conturbado o que me evitou conhecer melhor a casa, encontrar a Sommelier da CyT e até mesmo o Jeriel blogueiro e profissional do mundo do vinho o qual acompanho o trabalho e indico a leitura de seu blog, aliás ele tem um post desse evento bem mais completo para quem se interessar.
Uma pena, mas quando puder eu volto com mais tempo em um dia mais tranqüilo.

Voltando aos vinhos, vamos aos primeiros que são os brancos que estavam na Estação I.

Comecei por este rótulo que pertence a uma linha intermediária da vinícola e foi desenvolvida para se encaixar entre as linhas mais simples como a Casillero e Trio e a mais elaborada Marques de Casa Concha. É um vinho que não passa por madeira e permanece seis meses em tanques de aço. Suas uvas são provenientes do vinhedo Ucúquer - Colchagua no Valle de Rapel.

Vamos ao vinho!

Na taça mostrou amarelo claro com reflexos verdes e no nariz aromas de fruta cítrica e notas minerais.

Na boca mostrou boa acidez, bom final, mas poderia ser mais longo e mineral. Acho que estou mal acostumado.

Interessante, mas se é pra subir de patamar eu acho melhor subir mais um degrau.

Saúde!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

La Linda Chardonnay Unoaked 2010


Este vinho ficou guardado para essa ocasião até tempo demais. Como não tenho costume de comer frango com certa freqüência que está relacionada a sua qualidade esse vinho ficou encostado até uns dias atrás quando cheguei em casa e me deparei com esse belo exemplar de padaria que estava apetitoso por sinal.

Só para lembrar esse vinho é vendido por taça no Galeto´s até o ano passado. Faz tempo que não vou comer um galeto desossado lá, mas com uma boa salada e uma taça desse vinho eu garanto que é um custo x benefício muito bom.

Nem preciso apresentar a Bodega Luigi Bosca da família Arizu onde o La Linda que é de sua linha inicial é produzido com esmero e trata-se de um belo representante da região de Mendoza.

Vamos ao vinho!

Na taça é amarelo dourado e no nariz traz bastante fruta amarela como abacaxi e pêssego.

Na boca acidez viva apesar de seus dois anos e ótimo final. Simples, bem feito e correto.
É uma boa compra tendo em vista que com sua fama teve seu preço elevado acima dos R$ 30,00.

Saúde!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Van Zellers Porto Ruby


Finalizando a degustação de queijos e vinhos na enoteca O Melhor Vinho do Mundo uma das combinações com o queijo que mais aprecio.

Essa é a harmonização a qual acho que todo apreciador de queijos e vinhos deveria pelo menos uma vez na vida experimentar que é a do queijo Gorgonzola com vinho fortificado que nesse caso é um Porto.

Costumo dizer salvo raríssimas exceções que não existe vinho do porto ruim, apesar de já ter provado, mas esse é um vinho com um controle de qualidade
altíssimo desde a época da coroa portuguesa quando foi criada a sua denominação que é uma das mais antigas e data do ano de 1756.

A família Van Zeller participou ativamente na história do vinho do Porto inicialmente como negociadores e atualmente com sua produção. Esse Porto Ruby é composto por castas tradicionais do Douro e passa 3 anos em contato com o carvalho.

Vamos ao vinho!

Na taça mostrou cor rubi com bastante transparência e aromas de uvas passas em seus tons adocicados.

Na boca é macio e possui uma ótima integração do álcool com aquele ataque inicial que se esvai e mantém uma sensação gostosa na boca.

Um ótimo custo x benefício se levarmos em conta que não é um vinho que se bebe em quantidade.

Saúde!

Batasiolo Sabri Barbera D´Asti 2007

O terceiro vinho da degustação foi o tradicional Batasiolo que é um produtor renomado de vinhos italianos.

A Batasiolo possui uma extensa linha de vinhos tradicionais que vai desse DOC até os DOCG Barbarescos e Barolos, por isso não são baratos, mas vale o quanto custam.

Esse rótulo é um varietal da casta Barbera e possui a peculiaridade de descansar 10 meses em barris de carvalho eslavo.

Vamos ao vinho!

Em taça mostra cor rubi com reflexos púrpura e leve traço de evolução. No olfato traz fruta vermelha e tosta diferenciada.

Na boca é redondo com ótimo equilíbrio, bons taninos e média acidez. Bom final e persistência. Está em seu ápice e não deve melhorar e se tiver um desses guardado beba!

Foi muito bem com o queijo Prima Donna que é de origem holandesa, mas sua receita é legítima da Itália.

Saúde!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Palmira Merlot 2010


O segundo vinho da degustação foi uma surpresa pelo seu custo e qualidade.
É um vinho de entrada daquelas vinícolas boutique e que custa em torno de R$ 30,00.

É produzido pela Casa Donoso no Valle Del Maule. Não passa por barricas e na realidade é um corte de Merlot (90%) e Carménère (10%).

Seu par foi o queijo Gouda que é coringa e aceita muitas combinações, mas se tiver a oportunidade de achar aquele queijo comentado a pouco que é o chileno Mantecoso deve ser a união perfeita!

Vamos ao vinho!

Na taça é vermelho rubi com muita intensidade. Seus aromas são simples e frescos mostrando sua juventude com fruta escura.

Na boca se mostra jovem e o álcool pega um pouco, mas após um tempo equilibra, mostra sua acidez e sua fruta com bom final de boca.

Ótimo para quem quiser começar a se aventurar com vinhos simples e bem feitos de pequenos produtores.

Saúde!
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