quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Callia Magna Malbec 2009


Esta aí um vinho que trouxe da Argentina por ter comprado para beber lá e que acabou não dando tempo.

A Bodega Callia situada nas proximidades de San Juan ao norte de Mendoza é um novo investimento da família Salentein em um terroir bem diferenciado para a casta Shiraz que é seu carro chefe.

Esse varietal Malbec é proveniente do Valle de Tulum de baixa altitude (630 m), mais baixa que Mendoza (em torno de 900 m) , e pelo que pesquisei posteriormente os vinhos mais diferenciados desse produtor são do Valle de Pedernal a 1340 metros de altitude.

Já cheguei a comentar aqui no blog a minha preferência por Malbecs produzidos com cortes de altitude o que acaba dando uma complexidade maior ao vinho e quanto mais alto mais detalhes diferentes são adicionados. Pelo que vi a linha Reserve é que traz uma parcela dos vinhedos de altitude. Fica para a próxima.

Somente uma parcela de 50% do vinho descansa em madeira por 9 meses sendo também metade dela americana e a outra metade francesa de média tosta.

Vamos ao vinho!

Cor de Malbec, vermelho violáceo, e aroma de Malbec com fruta vermelha e especiaria de leve. Clássico argentino.

Na boca é macio, muito bem feito e equilibrado. Madeira na medida certa para não esconder a qualidade da fruta e revelar seus taninos de boa qualidade. Ótimo final e média persistência completam o quadro bem emoldurado.

É um vinho excelente tendo em vista seu custo na Argentina que é em média de R$ 25,00 e o dobro aqui no Brasil o que o torna razoavelmente aceitável quando a gente se dá conta que vale mais um desses na mão do que dois caldos de álcool voando na mesa!

Saúde!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Calyptra Pinot Noir Premium 2010


Mal recebi o vinho fiquei com a dica de harmonização na cabeça e num dia desses de noite e com muita fome pedi pizza.
A dica de harmonização era um penne aos quatro queijos.
Nem preciso continuar né?


A vinícola Calyptra é conhecida por dar personalidade própria a seus vinhos e produzir bons rótulos na região do Alto Cachapoal (Vale Central) que possui altitudes elevadas e terroir próprio.


Esse varietal tem o detalhe interessante de repousar em barricas de carvalho da região da Borgonha (terra da Pinot) de segundo uso por duradouros 22 meses.



Vamos ao vinho!

Na taça é rubi brilhante e translúcido e mesmo bem resfriado começa a mostrar seus aromas de fruta vermelha, notas delicadas da madeira e acidez.

Na boca o álcool fica bem integrado à sua acidez que por sinal é seu ponto forte e me deu a impressão de ter aberto o vinho prematuramente.

Os taninos são quase imperceptíveis com bom final e persistência. Mostra muita tipicidade sem muita evolução e acredito que se descansar um pouco mais quem sabe?

Com a pizza quatro queijos foi muito bem, mas fiquei com aquela impressão que esse vinho pedia mais tempo e um acompanhamento mais complexo.

Saúde!

sábado, 17 de novembro de 2012

S.J. Montigny Gewürztraminer 2009


Eis um ótimo alemão que tive a honra de ganhar de meus pais que o trouxeram direto da fonte.

Steffen J. Montigny é um recente produtor que com técnicas modernas e safras jovens já alcança bons resultados e muitos prêmios.

Ele produz em duas regiões e esse rótulo é de Nahe a noroeste da famosa Pfalz e perto de Frankfurt na comunidade de Bad Kreuznach.

É fácil de entender porque esses vinhos ganham prêmios, pois são aromáticos e de excelente qualidade e na Europa são vendidos entre 10 a 15 €$.

Quero em breve provar alguns exemplares franceses que são produzidos próximos dessa região com as mesmas castas.

Vamos ao vinho!

Na taça é amarelo dourado e mesmo gelado exala aromas florais amarelos e laranja igual àquela essência que a mãe da gente ou mesmo a gente usa para bolos e doces árabes.

Na boca é bem adocicado mas sem ser enjoativo, acidez mediana com ótimo final e persistência.

Harmonizou perfeitamente com as postas de cação e iscas de bacalhau ao alho, tomate seco e alho poró.

Saúde!

Barton Guestier Côtes Du Rhône 2009


Eis um vinho que tomei na casa do meu pai acompanhando o almoço do dia a dia e mais um vinho do Rhône aqui no blog.

Confesso que já tomei vinho dessa região que me encantaram, porém foram antes da criação do blog e ainda estou em busca de algum que seja mais queridinho e tenha um bom custo benefício.

Esse é um tradicional produtor com quase três séculos de história tanto na produção quanto no negócio do vinho e atualmente produz em diversas regiões da França desde Bordeaux e Borgougne até a Córsega.

Esse rótulo é de sua linha mais simples que se espalha pelo mundo, mas respeita a sua apelação (Muito sério na França) e é produzido com o corte de uvas Grenache (50%), Syrah (30%) e Carignan (20%). Amadurece em tanques de aço.


Vamos ao vinho.

Em taça é rubi violáceo, aromas exalam fruta vermelha e álcool sem complexidade.

Em boca tem boa acidez e taninos. Acompanha bem a carne, mas com o tempo em taça comecei a perceber uma certa salinidade no final e para minha surpresa assim que esvaziei a taça tinha algumas dezenas de cristais de sal no fundo. Pequisei e talvez seja Bitartarato de Potássio fonte.

Um vinho simples que talvez não custe o quanto cobram, mas passível de promoção por metade do preço. Cuidado!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Nieto Senetiner Emilia Malbec Rosé 2012


Para fechar com chave de ouro foi servido uma pera ao tempranillo com redução de balsâmico com frutas vermelhas que harmonizou divinamente com o vinho.

Eis um bom exemplo de se obter um ótimo custo x benefício em prazer!

Esse rosé adocicado acerta em cheio o paladar feminino por fermentar até atingir um nível de açúcar mais elevado.

Vamos ao vinho!

Em taça é rosa claro e vivo com muito brilho e reflexo salmão, traz algumas borbulhas e aromas doces de fruta como a cereja em destaque.

Em boca é fresco e sua acidez é o destaque que equilibra o açúcar evitando aquela sensação enjoativa e exalta a juventude do vinho.

É um vinho coringa que vai muito bem com doces de frutas, compotas e até saladas agridoces.

Saúde!

Nieto Senetiner Emilia Malbec Bonarda 2012


Terceiro vinho da degustação que acabou me surpreendendo e se tornou a minha surpresa da noite.
Só não pode ser comparado ao rosé porque são completamente distintos.

Segundo o Mauríricio a vinícola Nieto Senetiner esteve diretamente envolvida na ascensão da casta Bonarda na viticultura argentina e tal evolução nas últimas décadas transformou uma uva utilizada para produzir vinhos de garrafão em vinhos finos e premiou rótulos da vinícola mundo afora.

Vamos ao vinho!

Em taça mostra uma coloração mais intensa que o Malbec trazendo um vermelho rubi mais escuro e com brilho.

No nariz é frutado mais silvestre e menos adocicado que o varietal com lembrança floral.

Na boca é seco com taninos mais vivos e acidez equilibrada com o álcool que por sinal foi muito bem integrado em toda a linha. Sem amargor acentuado no final mostra que a Bonarda foi bem trabalhada no corte.

Um bom vinho que acompanha bem no dia a dia pratos um pouco mais untuosos que pedem um vinho marcante.

Saúde!

Nieto Senetiner Emilia Malbec 2012


Dando continuidade à degustação de lançamento da linha Emilia da vinícola Nieto Senetiner o prato seguinte foi um talharim bem fino à calabresa que acompanhou tanto o Malbec quanto o Malbec Bonarda.


Como dito no post anterior essa é a mais nova linha de entrada da vinícola que traz vinhos jovens e sem madeira para o dia a dia e que quer competir com o consumo de outras bebidas aqui no Brasil.

Vamos ao vinho!

Em taça mostra o vermelho rubi brilhante e aromas da fruta vermelha em compota bem doce.

Na boca é fresco com boa acidez, percebe-se os taninos e tem final agradável.

Simples e agradável e com a massa foi o melhor da dupla!

Saúde!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nieto Senetiner Emilia Chardonnay Viognier 2011


Fui convidado para o lançamento da mais nova linha dessa vinícola que tem como proposta descomplicar e acertar o alvo em cheio do mais novo mercado que todas as vinícolas querem ganhar: a juventude e os vinhos do dia a dia.

No Brasil como sempre estamos engatinhando, mas a tendência mundial é migrar dos tintos pesados ou muito estruturados para vinhos mais leves e alegres e é fato como já acontece na Itália onde o consumo de rosés e brancos já supera os tintos.

Se pensarmos em nosso clima e como o nosso planeta aquece cada vez mais tendo verões durante os invernos não há nada mais lógico para acontecer! Quem sabe assim elevamos a litragem/ano de consumo no Brasil?

Como havia dito fui convidado, e o evento aconteceu no mais novo espaço dedicado exclusivamente à cultura do vinho e cuidadosamente alocado em uma casa no Jardim Paulista.


Tudo realizado com muito esmero pela Nieto Senetiner, Thaise Cleto (Rodrigues & Freire Comunicação) e pelo Sommelier da Nieto Mauríricio Guimarães. Comigo também esteve a Débora Takushi do blog Amo Vinhos.

A entrada foi um risoto de açafrão, se não me engano, que foi muito bem com o vinho.


Vamos ao vinho!


Em taça mostra cor amarela bem clara e reflexos dourados com aromas de bastante fruta tropical como abacaxi e pêssego.

Na boca é simples e objetivo com acidez mediana o que o torna versátil para comida ou bem gelado sozinho em algum lugar muito quente e em substituição da cerveja.

Um vinho correto e bem feito que entrega cada Real de investimento em seu preço que vai girar de R$ 25 a 30.

Saúde!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Winfried Seeber Kabinett Feinherb 2009

Esse é o primeiro vinho dos quais meus pais trouxeram após a sua última viagem à Europa e o qual fico lisonjeado pois foram uma seleção de excelentes rótulos.

Esse veio diretamente da fonte - Alemanha - junto com um Gewürs que também em breve estará aqui no blog.

As castas Riesling e Gewürztraminer produzem vinhos de excelente qualidade e expressão na Alemanha e a Riesling em particular está sendo ultimamente minha preferida entre os brancos.

O produtor desse rótulo, que aliás é orgânico o que aprecio muito, produz vinho a mais de 250 anos na vila de St. Martin na região do Pfalz (Palatinado) que é considerada uma das regiões mais bonitas da Alemanha.
 

Vamos ao vinho!

Em taça é dourado e mostra evolução para um Riesling que geralmente mais claros e com tons amarelo palha. O aromas ficaram moderados no início pois gelei bastante a garrafa para apreciar a evolução. Frutado e cítrico no início (maçã verde e pêssego) que abre para notas florais as quais sou falho na identificação. No nariz também já se percebe as notas minerais.

Na boca mostra sua acidez como principal característica muito bem casada com o álcool, ótima mineralidade, textura e excelente final com média persistência.

Pena que esse vinho não seja comercializado no Brasil, mas é ótimo para mostrar como que nas regiões produtoras existem excelentes rótulos de pequena produção que mostram toda a sua tipicidade e originalidade. É garimpando que se acha as preciosidades e agradeço aos meus pais me proporcionar esse prazer. Na Alemanha esse vinho custa até 6 € e se convertido para cá com os impostos e tudo mais daria em torno de 70 a 80 Reais.

Ótimo vinho, saúde!

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