Mais um rótulo que é moda do novo mundo e de um dos principais produtores que colocou o novo mundo no mapa do vinho.
Sua audácia é memorável e não duvido que em sua vinícola devam ser produzidos vinhos à altura de grandes produtores do velho mundo.
Esse rótulo provém da região denominada Central Coast com bastante influência marítima e de temperaturas elevadas durante o dia. Em que isso influencia? Durante o dia as altas temperaturas levam a uva a um grau de maturação elevado e o resfriamento da noite por influência oceânica vai "chocando" o fruto muito mais rápido. A fruta se potencializa dando a cara que alguns não apreciam do novo mundo em suas diversas faces de "bomb fruit".
Voltando ao vinho, esse não é um varietal e sim um corte o qual a legislação americana permite de Cabernet Sauvignon (83%), Cabernet franc (4%), Merlot(4%), Syrah(3%), Petit Verdot(2%), Teroldego(2%) e Petit Syrah(2%) que descansa 1 ano em barricas francesas. É um vinho de entrada, mas pelo visto é bem cuidado.
Vamos ao vinho!
Em taça é rubi com aromas de fruta vermelha em compota e especiaria.
Na boca tem boa acidez, porém o álcool incomoda do início ao fim, mas sem grandes exageros. Bons taninos e fim de boca razoável. Não sei se casei bem a comida, mas a persistência não agradou muito. Ao acompanhar o chumbinho, que é a pimenta Cambuci (igual ao pimentão só que mais suave) recheada com porpetas, molho vermelho e bastante queijo, o vinho desaparecia sendo atropelado pela comida que espalhava diversos sabores pela boca e inibia o caldo aos poucos.
Faz um bom tempo que havia comprado essa garrafa, porém acredito que hoje não repetiria a dose. Pelo valor dá para ser bastante feliz com um bom Cabernet chileno.
Saúde!