sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tilia Chardonnay 2012

Voltei outra vez ao restaurante Di Cunto e estava com vontade de comer algo do mar com um vinho branco.

A opção era o St. Peter que novamente pedi com arroz e legumes, mas dessa vez não foi. Lugar bonito e comida feia e sem sabor não adianta para mim.

Posso ir a lugares extremamente simples e até mesmo estranhos, mas se a comida estiver boa tudo fica lindo.

Mas vamos lá né.

Para completar o casal já que no último post eu havia experimentado o Tilia Malbec Syrah dessa vez eu fui no Chardonnay.


Vamos ao vinho.

Em taça é amarelo dourado e seus aromas são simples e definidos. Cítricos e baunilha são bem identificados, mas não me empolguei muito por causa da qualidade da refeição.

Na boca tem boa fruta e a madeira não incomoda. Bela acidez e final agradável completam e o tornam um vinho interessante para quem gosta de Chardonnay com um toque de madeira sutil e elegante a um custo mais abaixo dos grandes rótulos. Se fosse mais complexo lembraria de longe o Catena, mas também custaria uns R$ 30,00 a mais.

Saúde! 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Tilia Malbec Syrah 2012

Estava de passagem pelo Mooca PLaza Shopping e me deparei com o restaurante Di Cunto que já possuía uma certa fama desde os anos 90 quando estudava na Móoca. Reparei que eles serviam uns pratos executivos a preços interessantes e resolvi experimentar e verificar se eles tinham 1/2 garrafas que são ideais para ocasiões como essa.

Como geralmente faço na primeira vez que vou a um restaurante pedi carne, mas logo vi que o cardápio é fraco nos acompanhamentos e para não comer batata frita fui de arroz com ervas e legumes. Ao pegar a carta de vinhos me deparei com esse Tilia que acompanharia bem o meu Beef. Aparentemente eles devem ter uma parceria com a Vinci que representa o produtor Bodegas Esmeralda e o vinho possui site próprio onde logo na entrada conta a respeito da árvore Tilia que também é utilizada para produzir um chá calmante.

O corte é 50/50 e passa seis meses em barricas mescladas e tem por trás nada menos que a assinatura do enólogo Alejandro Viggiani que também já deixou sua arte na Bodega da família catena.

Vamos ao vinho!

Em taça é rubi com reflexos violáceos e seus aromas trazem bastante tipicidade da região de Mendoza com notas de fruta vermelha e escura e algum detalhe da madeira.

Na boca é super macio com bastante fruta e acidez equilibrada. Álcool na medida e com seus poucos taninos bem adestrados. Persistência mediana e final agradável completam o vinho.

Foi bem com a carne apesar pegada leve, mas acho que deve ser mais interessante com massas simples por ser bem frutado e não muito dotado de acidez.

Saúde!

domingo, 6 de outubro de 2013

Porto Comenda 10 anos Tawny

Para completar o encontro com nossos amigos Elizeu e Camila a sobremesa foi Gorgonzola com vinho do porto.

Esse rótulo eu peguei às pressas no supermercado Extra e o mesmo é elaborado pela Casa Manoel D. Poças Junior que ainda é um dos poucos produtores familiares de Portugal.

Sinceramente eu aprecio mais o gorgonzola com o Porto Ruby, mas essa garrafa me chamou tanto a atenção que resolvi arriscar.

No site do produtor eu não encontrei nada a respeito desse rótulo, mas aparentemente eles produzem diretamente para o Grupo Pão de Açúcar. Procurando um pouco mais descobri que é feito com as castas tradicionais Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, mas não é uma informação confiável. Passa 10 anos em barricas e foi engarrafado em 2012 conforme descrito na garrafa.

Vamos ao vinho!

Apresenta cor avermelhada (framboesa) com as bordas acastanhadas  e no aroma sobra um pouco de álcool. Amêndoas, notas doces e da madeira dão o tom, mas não impressionam.

Na boca tem pouca presença e mostra bastante o álcool no início que melhora com o tempo. Médio corpo e persistência finalizando bem sem deixar amargor junto com o queijo.

Sinceramente esperava mais de um Porto 10 anos e esse Tawny está mais para acompanhar frutas secas e nozes, comida típica de natal, como panetone entre outros da mesma forma que um Porto branco. Acho que para esses portos de linha de entrada os da Real Cia. Velha são mais assertivos, mas é minha opinião!

Saúde!

Matetic Corralillo Syrah 2010

Como eu havia dito no penúltimo post o pato precisava de um companheiro à altura!
Pensei em diversas opções, mas recaia à lembrança do cordeiro (relembre) que experimentei na Matetic que tinha uma carne marcante tanto quanto esse pato. Não deu outra e acabei passando na Grand Cru e ele estava lá.

Esse rótulo já foi comentado aqui e eis a primeira vez que relato novamente um vinho de mesma safra.

Dessa vez foi tão especial quanto da primeira, pois estavávamos na companhia dos nossos amigos Elizeu e Camila, como comentado no último post.




Vamos ao vinho!


Em taça é vermelho com reflexos púrpura e seus aromas trazem as especiarias, o floral e as frutas escuras. Como a memória olfativa é engraçada!

Pouco mais de um ano depois o vinho está mais maduro e praticamente no ponto. Quase mastigável com ótimo corpo e taninos redondos com ótimo final de boca que juntamente com o pato deixava aquela mescla de especiarias com o agridoce da refeição. Os taninos bem trabalhados pela madeira casaram muito bem com a gordura fina, porém untuosa do pato que estava com aquela casquinha crocante.

Ah... não posso deixar de comentar sobre o risoto de funghi com shimeji e da salada de rúcula que acompanharam muito bem a refeição!

Experiência extraordinária!

Saúde

Altas Cumbres Torrontes 2010

Sabe aquela reunião de amigos que se dão bem e que a muito não se vêem e com a velha desculpa gastronômica para comer e beber bem? Pois é! Foi assim o nosso encontro com o Elizeu e a Camila!

Como de praxe colocamos a conversa em dia, discutimos projetos futuros, filosofamos, meu filho fez aquela bagunça e eu fui para a cozinha para me aproveitar das cobaias rs.

O meu pato do último post fez muito sucesso e enquanto íamos nos aquecendo e preparando os ingredientes do prato principal abri esse rótulo que surpreendeu bastante! Estava mais do que na hora de abrí-lo (2010) e também queria levar algo diferente dos Sauvignon Blancs e Chardonnays.

Produzido pela Lagarde pioneira mendocina e bem comentada aqui no blog. Relembre.
Ainda tenho outro rótulo - Guarda 2009 -, mas como o próprio nome diz está guardado esperando uma ocasião.

Esse varietal da casta Torrontes que já se tornou ícone da Argentina é produzido em Salta, mais ao norte de Mendoza, região onde ela se dá melhor e com certeza vai surpreender mais do que os vinhos que são produzidos na capital do vinho argentino. Pode apostar em nos rótulos dessa província que dificilmente irá se decepcionar.

Vamos ao vinho!

Em taça é amarelo dourado com médio brilho e super aromático. Os aromas exalam da taça e impressionam a todos com suas notas cítricas, maçã verde e pêssego.

No início o álcool sobra um pouco, mas com pouco mais de meia hora em taça fica redondo com bela acidez e bastante fruta. Final e persistência medianas, porém muito acima dos vinhos em sua faixa de preço.

Pelo custo de vinhos de mercado é um vinho bastante atraente e de excelente custo benefício. Um detalhe ausente é a mineralidade típica da região, mas esse é um vinho de entrada com manejo em grandes quantidades com o foco na fruta e sem passagem pela madeira. Para maiores qualidades é necessário subir de nível, mas para quem tiver a curiosidade de experimentar eis uma ótima escolha.

Saúde!
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