Muitos podem estranhar essa visita, mas a vontade já existia pelo fato de ter sido a vinícola que apresentou o vinho chileno para o Brasil praticamente.
Me lembro a muitos anos atrás a quantidade de garrafas da linha reservado que meu pai ganhava em ocasiões especiais e que bebíamos com muito prazer e nessa época a linha Casillero era para a ocasião especial do ano e que com o passar do tempo eu fui tornando-o a linha de dia a dia o que me ensinou muito sobre a diferença entre os vinhos na minha adolescência e nisso se vão mais de 10 anos.
Como comentei na postagem anterior de quando estava em Mendoza e não conseguia voltar para o Chile, juntei a fome com a vontade de comer. Meu vôo de retorno saia no sábado pela manhã e cheguei de Mendoza a Santiago pouco antes da hora do almoço da sexta-feira. Não deu outra, prático, rápido e fácil, fomos de metrô até a estação mais próxima e de taxi até a vinícola e chegamos a tempo de almoçar nem tão tranquilamente, fazer o wine tour e depois a degustação especial Marques de Casa Concha.
A infra-estrutura da vinícola é realmente monstruosa a começar pela casa da família que hoje se tornou escritório, mas o que pode ser bom por um lado é péssimo por outro. Se você não gosta de aglomeração e até já passou pela experiência de ir à Disney no mês de julho em pleno verão norte-americano não espere encontrar algo diferente nessa vinícola. É brasileiro saindo de tudo quanto é lado para não falar coisas piores. Vá preparado para ser atropelado pelos bandos de uma espécie a qual não se distingue a filiação, mas que estavam com as iniciais CVC em suas vestes.
Tirando esse infortúnio, o serviço do restaurante é ótimo, Maître, Sommelier, Garçon, todos prezando a excelência e a comida acompanhou o cenário junto com os vinhos que em breve estarão aqui.
Após o almoço fomos para o Wine Tour que é totalmente impessoal e em bandos de mais de 20 pessoas que começa pelo bosque contando sobre a história da vinícola. Como já conhecíamos fomos passeando pelo bosque sem dar muita atenção à guia que também nem se incomodou muito com nossa ausência.
Após o passeio vem uma degustação onde se ganha a taça e ruma para a parte mais temática da visita que é adentrar à adega subterrânea denominada Casillero del Diablo, onde estão guardados vários barris de carvalho recheados de vinho e que em um dos túneis as luzes se apagam para o espanto geral e começam algumas projeções nas paredes que remontam a lenda do Diablo que pode-se ver logo após pintado no fundo de um dos túneis da adega.
Som forte, muitas luzes... Sinceramente Walt Disney deve ter dado algumas dicas e tomara que eu não tenha a sorte de tomar algum daqueles vinhos onde milhares de pessoas diariamente geram condições que não devem ser favoráveis ao seu descanso.
Já fora da casinha do demo, outra degustação e tchau gente. Isso mesmo, somente 2 vinhos, afinal de contas acho que não querem derrubar o seu público que não deve estar acostumada a tomar vinho com certa freqüência.
Um pequeno intervalo e bora para a degustação Marques de Casa Concha que se paga um bom valor a mais, mas em minha opinião vale a pena os vinhos e a
conversa com a Sommelier e se tiver sorte como eu com a Gerente de produtos. Sabiam que o segundo maior produtor de vinho do mundo exporta 93% de sua produção! Estupefato!
Outra dica, nessa degustação menor fica de fora. Meu filho agradeceu e gostou muito de ficar brincando na enorme área verde deles!
É isso, vá se quiser realmente ir e aproveite o seu fácil acesso. Se sua fase Disney já passou, uma boa é a Almaviva! (PS.: os frequentadores da CyT nem sabem que a Almaviva existe!)
Saúde!
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