Ao verificar que meus brancos haviam acabado e somando o fato que a assinatura da Wine novamente iria mandar vinhos tintos que ficariam guardados com outros exemplares à espera do clima e da comida mais adequada resolvi suspender a assinatura e ir atrás de vinhos mais condizentes com a situação.
Não é a toa que calhei de ir a um cliente que fica bem próximo à Mistral a qual já queria conhecer a tempos. Com relação ao importador muitos já sabem que eles realizam um trabalho excelente na seleção de rótulos e merecem a solidez que possuem há anos no mercado, porém com relação ao atendimento na loja eu acho que ficou um pouco a desejar. Não sei se fui eu que não passei muito crédito, mas sou da opinião que independente disso o tratamento deveria ter sido mais agradável.
Comecei em alto estilo, pois esse branco que já tive a oportunidade de tomar algumas vezes é referência em Chardonnay argentino. Possui uma qualidade ímpar e olha que estou falando de um vinho de entrada, mas como os pesos de um produtor como a Bodega Catena Zapata são outros não era para ser diferente.
Para começar esse varietal é um corte de altitudes, que são os meus preferidos como sempre digo. Seus vinhedos são o La Pirámide 940 mts, Domingo 1.121 mts e Adrianna 1.472 mts. Esse caldo descansa nove meses em barricas francesas.
Vamos ao vinho!
Em taça é amarelo claro e dourado com bastante complexidade nos aromas. Cítrico e floral são marcantes e com o tempo e maior intimidade aparecem as notas da madeira.
Na boca mostra corpo e acidez muito bem trabalhada. Untuoso, amanteigado, mineral e o toque de baunilha confirmam as impressões do olfato com ótimo final e persistência.
Se fosse para escolher os Chardonnays tops do novo mundo seriam esse e o Quebrada Seca do Chile que seria comparável à linha superior, o Catena Alta, que deve ser excelente também.
Saúde!
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