Belo dia desses estive no Shopping Tamboré e decidi conhecer uma das casas do Chef Sergio Arno que é o La Pasta Gialla.
Para um ambiente de Shopping até que o espaço é bem agradável e o atendimento é excelente. O Sergio deve exigir o máximo de seus funcionários e deve oferecer condições para tal.
Comecei pela carta de vinhos procurando algo diferente do trivial para depois imaginar o que pedir para comer e lá estava esse exemplar de Sangiovese o qual me interessei imediatamente. A carta de vinho se mostra bem trabalhada, apesar das poucas opções de meias garrafas, mas o que incomoda é o percentual em cima ser salgado o suficiente para quase dobrar o valor do rótulo.
Eu sei que existem os serviços e os diversos custos, mas se para um comerciante que já inclui seus impostos, custos e lucro no preço aparente do produto e a prestação de serviço fim estiver diluída no todo, cobrar o dobro no vinho é quase uma sacanagem. Ficaria muito mais feliz se pelo preço pago tivesse tomado um branco junto com a salada, mas vamos em frente.
Esse é um rótulo jovem, que descansa 4 meses em tanques de inox e 4 meses na garrafa sem passar por madeira. Preza elegância ao estilo europeu. A uva Sangiovese é famosa por compor cortes como dos supertoscanos, porém cuidado pois possui diversas variedades e na composição desse varietal deve ter sido utilizada uma bem simples. Simples tanto quanto o vinho que vem da região denominada Umbria no centro da Itália que fica bem ao lado da Toscana a oeste e que já sofre influência do mar em seu terroir.
Para acompanhar pedi de entrada uma salada verde com mozzarella de búfala, manjericão, tomate caqui e mostarda. O prato principal que duelou com o vinho foi Paglia e Fieno (Palha e Feno) ao molho gorgonzola com nozes e pêra assada. Finalizei com uma Panna Cotta de limão siciliano com calda de frutas vermelhas que foi o destaque da noite em minha opinião e merecia um vinho de sobremesa à altura, mas eles nem tinham uma opção.
Vamos ao vinho!
Em taça é rubi com média transparência e aromas de fruta escura como ameixa, florais e especiarias mostram simplicidade com identidade do vinho.
Na boca é correto e mostra o ataque dos seus taninos junto de sua fruta que é rústica sem ser desagradável. Final agradável e curto, muito justo para o nível do vinho e não compatível ao preço.
De corpo leve, mas com caráter forte, é um vinho que sobressaiu um pouco à leveza da comida que o acompanhava já que as nozes apaziguavam o gorgonzola. Foi interessante o duelo, mas o vinho ganhou com folga! Esse pede um adversário mais encorpado e arisco com temperos mais marcantes.
Saúde!
Bom dia,..eu, quando bebo um vinho evito sempre as 1/2 garrafa, pois acho que existe uma diferença na qualidade..pois o vinho tem menos espaço para evoluir!!..Tchim!!
ResponderExcluirOlá Antonio,
ExcluirNa minha opinião essa diferença de qualidade devido a evolução é muito pequena quando se trata de vinhos que são dedicados ao consumo ainda jovens e o qual podemos enquadrar à grande maioria.
Interessante esse ponto comentado. Poucas pessoas expressam, mas são relevantes!
Viva!..Tem razão nos preços que os restaurantes praticam..pois saiba que por aqui na Europa..na pátria mãe do vinho (França)..o normal é aplicar 5 vezes o preço de compra!!!
ResponderExcluirQue horror... terei que ir preparado quando for me aventurar por terras francesas. Mas o meu objetivo maior nesse tipo de viagem é visitar os produtores os quais analiso bem vários fatores para decidir em quais ir.
ExcluirPor falar em preços olha esse artigo da Folha que li esses dias:
http://www1.folha.uol.com.br/comida/1244961-jornalista-gourmet-compara-restaurantes-e-conclui-que-comer-em-sp-custa-caro-demais.shtml é do Zeca Camargo.... mas até que é interessante!