quarta-feira, 31 de julho de 2013

Joseph Drouhin Laforet Pinot Noir 2010

Eis um vinho especial que abri no sítio de meus pais e tomei junto com meu irmão do Rio Grande. Essa garrafa ganhei de presente de meus pais que o trouxeram da viagem que realizaram para os lados de lá.

Joseph Drouhin é um produtor famoso na Borgonha pelo seu Beaujolais, mas produz vinhos de todos os tipos e preços (incluindo os astronômicos) e é uma pena seus vinhos chegarem ao Brasil a um valor tão alto. Produzindo desde 1880 tem sua produção espalhada pelas sub-regiões de  Chablis, Côte de Nuits , Côte de Beaune e Côte Chalonnaise.

Esse vinho é de sua linha mais simples, porém com um controle rigoroso de qualidade já que seus principais vinhos são reconhecidos no mundo inteiro. As uvas podem ser de suas propriedades ou compradas de fornecedores "selecionados" da região.

Sua vinificação é em processo bem lento levando de 2 a 3 semanas seguido de 7 a 8 meses em cubas de inox e mais 1 a 2 anos em barris de carvalho. Os tempos são bem variáveis, pois o vinho é somente liberado para o engarrafamento após ser experimentado e aprovado para o mesmo.

Que cuidado né! Parece um monte de informações chatas e massivas, mas para quem realmente gosta de vinho isso é música para os ouvidos.  Para mim a história do produtor e os cuidados que ele toma com seus produtos é praticamente 50% do vinho. E se o mesmo não é das melhores safras ou errou a mão na garrafa que comprei eu já me contento com os 50%.

Vamos ao vinho!

Em taça tem transparência elevada e a cor é vermelha quase granada e no halo um tom amarelado que estranhei ao ver em um Borgonha tão jovem. Os aromas são espetaculares com pouca fruta vermelha e durante a evolução mostra o campo com seus detalhes animais e alguns toques resinosos.

Na boca ainda estava com uma acidez elevada e seus taninos em fase de suavização indicam sua abertura precoce, mas a elegância e a evolução que apresenta o torna uma questão a parte na apreciação e demonstra a ponta do iceberg na produção de vinhos da Borgonha.

O vinho podia descansar mais 1 ou 2 anos, mas estava delicioso!

Saúde!

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